Alibaba vende unidade norte-americana depois de falhar entrada nos EUA

O colosso chinês do comércio digital, como parte do acordo estabelecido, passará a deter uma participação de 37,6 por cento na OpenSky, após a assimilação da 11 Main. O Wall Street Journal (WSJ) comunica que, apesar da gestão do braço norte-americano da Alibaba transitar para as mãos da OpenSky, o website da 11 Main manter-se-á, por agora, uma plataforma independente.

A subsidiária da Alibaba principiou as suas operações em junho de 2014, e almejava ser um mercado online onde pequenos comerciantes norte-americanos pudessem vender alternativas aos produtos de consumo massificado comercializados por rivais como a Amazon ou o eBay. No entanto, esta foi uma ambição efémera, pois a 11 Main teve sérias dificuldades em conquistar o apoio da sede chinesa da Alibaba, de acordo com fontes a que o WSJ teve acesso.

A tentativa falhada da Alibaba evidencia que este mercado dos EUA é um ambiente austero, e que mesmo uma empresa que na China domina o e-commerce e que alcançou já um valor de mercado de 211 mil milhões de dólares pode derrapar e cair a pique, o que veio a verificar-se em apenas um ano.

A consultora eMaketer, citada pela Bloomberg, estima que em 2015 o mercado norte-americano do comércio eletrónico cresça 14,2 por cento, chegando aos 341 mil milhões de dólares, governado pela Amazon e pelo eBay, cujo torno algumas startups do e-commerce procuram conquistar, com abordagens disruptivas e tecnologias inovadoras.

As camadas superiores da gestão da Alibaba querem que a estratégia da empresa esteja orientada para o desenvolvimento de plataformas que coloquem os vendedores norte-americanos em contacto com os consumidores chineses. No entanto, Joseph Tasi, vice-presidente executivo da Alibaba, sugeriu ao WSJ, em novembro, que o mercado norte-americano poderia ser uma opção no futuro.

O Wall Street Journal disse que os detalhes financeiros do negócio não foram revelados.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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