Amazon tropeça em grandes perdas no segundo trimestre

As ações da  Amazon caíram ontem mais de onze por cento, depois de a gigante norte-americana do comércio eletrónico ter comunicado a sua maior perda desde 2012, motivada, por um lado, pelo minguar do crescimento do seu segmento de computação cloud e, por outro, pelo investimento em novos armazéns de distribuição e em novos dispositivos, fatores que têm, assim, boicotado a rentabilidade da empresa.

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A maior retalhista digital do mundo sofreu uma perda de 126 milhões de dólares no trimestre terminado no passado mês de junho, um valor significativamente superior aos 66,7 milhões de dólares estimados pelos analistas e aos sete milhões registados no mesmo período de 2013.

Apesar de as vendas terem aumentado em 23 por cento, para 19,3 mil milhões de dólares, os custos operacionais anularam este crescimento, refletindo um crescimento de 24 por cento para os 19,4 mil milhões de dólares, disse hoje a Amazon.

Desde que a empresa pela primeira vez abriu os olhos para o mundo que a estratégia do diretor executivo Jeff Bezos tem sido a forte aposta na expansão da sua base de clientes e na conquista da confiança dos mesmos. Contudo, já em 2012 a Amazon começara a comunicar grandes perdas, depois de quase uma década de rentabilidade quase ininterrupta.

Alguns analista são da opinião de que a norte-americana está a esbanjar dinheiro (que não tem) em serviços e produtos desnecessários e que não tem uma eficaz estratégia de investimentos.

A Amazon fora também apanhada no fogo-cruzado de uma guerra de preços no mercado da cloud computing, setor onde a empresa aluga espaço para armazenamento de dados a outras empresas.

Liderada por Bezos, a maior peça do puzzle mundial do e-commerce esgrima com empresas como a Google e a Microsoft na esfera da cloud, e, de acordo com o se diretor financeiro Tom Szkutak, no ano passado podou os preços da sua unidade Amazon Web Services.