Analítica avançada vai crescer 14% em 2016, diz Gartner

O segmento de analítica avançada é o que mais cresce no mercado de business intelligence e analítica e vai dar um salto de 14% este ano para 1,37 mil milhões de euros, de acordo com um novo relatório da Gartner.

A consultora prevê, no estudo “Predicts 2016: Advanced Analytics Are at the Beating Heart of Algorithmic Business”, que mais de metade das grandes empresas vão usar analítica avançada e algoritmos proprietários para bater a concorrência nos próximos dois anos. Este movimento irá “causar a disrupção total de indústrias.”

Jim Hare, diretor de pesquisa da Gartner, diz que as empresas terão de acelerar a mudança de foco dos investimentos para a analítica avançada, ou ficarão para trás na nova economia digital. “A analítica avançada já está a mudar indústrias há uma década e é um fator chave para as novas empresas que entram em mercados estabelecidos e vencem os incumbentes, seja a vender livros, alugar filmes, pedir empréstimos ou a construir uma equipa desportiva profissional”, afirma o especialista.

Hare sublinha ainda que “há cada vez mais empresas a usarem análise estatística, modelos preditivos e optimização das decisões para competirem, em vez de abordagens tradicionais.” As empresas de topo estão a desenvolver algoritmos proprietários para conseguirem uma análise mais rápida e eficiente, ao invés das decisões com base em instintos.

Algoritmos e PaaS

Outra das previsões da Gartner é, em 2018, os mercados de algoritmos serão combinados com Plataformas como Serviço (PaaS) para dar um impulso a analítica avançada e permitir a partilha segura e a monetização de dados.

“A Gartner acredita que a analítica avançada poderia ter benefícios mais significativos se houvesse maior partilha de dados detalhados”, diz o relatório, algo que não acontece devido a questões de licenciamento, confiança e integração de dados. A solução será “a combinação de mercados de algoritmos e ambientes PaaS, onde apenas funções especificamente certificadas podem processar dados seguros.

“A situação de partilha de dados é problemática”, diz o analista Alexander Linden. “Os fornecedores não confiam dados detalhados aos utilizadores finais e os consumidores de dados não gostam das complexidades de licenciamento e integração.” Como resultado, a partilha e monetização estão bloqueadas. É aqui que entra a tecnologia: dentro de tr~es anos, a consultora espera que o processo de licenciamento, integração e confiança seja radicalmente simplificado.

Detalhes deste relatório podem ser encontrados no site da Gartner.