A Apple divulgou pela primeira vez um relatório sobre os pedidos de dados pessoais feitos pelos governos e pelas forças de segurança internacionais. As autoridades de Portugal realizaram dois pedidos nos seis primeiros meses do ano.
As autoridades norte-americanas são, assim, as que mais ordens judiciais fazem chegar à Apple para obterem informações pessoais de utilizadores.
Entre janeiro e junho deste ano, a empresa multinacional norte-americana recebeu entre mil e dois mil pedidos para a entrega de dados como números de telefone e de cartões de crédito, endereços de e-mail e fotografias.
À semelhança de Portugal, também a República Checa e a Áustria realizaram dois pedidos em seis meses.
Os governos e as forças de segurança do Reino Unido e de Espanha estiveram também muito ativos no primeiro semestre de 2013, efetuando 127 e 102 pedidos, respetivamente. Já as autoridades da Rússia realizaram apenas um único pedido à Apple para a obtenção de dados pessoais.
Estes números dizem respeito aos pedidos de informação sobre contas de utilizadores, que a Apple distingue dos pedidos de informação sobre os aparelhos que vende, como o iPhone ou o iPad.
A Apple recebeu, ao todo, 719 pedidos de cerca de 30 países para obtenção de dados pessoais de utilizadores, em apenas seis meses e este relatório agora divulgado surge na sequência das revelações sobre os programas de vigilância da Agência de Segurança Nacional norte-americana.
“O nosso negócio não depende da recolha de dados pessoais. Não temos qualquer interesse em acumular informação pessoal sobre os nossos clientes”, lê-se no documento no relatório divulgado pela empresa.
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