China é próximo alvo da Netflix

A Netflix está em negociações com empresas chinesas para levar o serviço de streaming online de vídeo até à potência asiática. Entre os eventuais parceiros está a Wasu Media, que tem o fundador da Alibaba, Jack Ma, como acionista.

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De olhos pontos no Oriente, a Netflix está a procurar traçar alianças com players do mercado chinês do vídeo online, avaliado em 5,9 mil milhões de dólares. A Bloomberg, apoiando-se no testemunho dado por fontes anónimas próximas do assunto, afirmou que a Netflix já abordou a Wasu Media acerca de uma possível parceria. A agência noticiosa disse ainda que uma porta-voz da Netflix comentou que a empresa faz tenções de ter um alcance global até ao fim de 2016.

O sucesso da estratégia da empresa levará o serviço de streaming online de programas como House of Cards e Orange is the New Black a um país de 1,4 mil milhões de habitantes que alberga um exponencialmente crescente mercado de TV online. A consultora IResearch estima que este mercado atinja os 14,7 mil milhões de dólares já em 2018.

Consta que a Netflix procura um parceiro cujo portfólio de licenças permita que o serviço possa emitir em todos os dispositivos, desde computadores desktop até smartphones, tablets e set-top boxes.

O governo chinês não é exatamente conhecido pela sua clemência face à introdução de empresas tecnológicas estrangeiras na sua tão protegida esfera digital, e certamente não verá com bons olhos a chegada de um serviço que veicula ideologias ocidentais, consideradas pelo Estado vermelho como uma afronta ao poder de Pequim e instigadores da discórdia.

Esta expansão até à China pode provar-se uma tarefa digna de um qualquer semideus, mas Ted Sarandos, diretor de conteúdos, disse que a Netflix está disposta a moldar-se para entrar neste novo e crucial mercado. O executivo acrescentou, contudo, que a empresa não aterrará na China sem um parceiro para amortecer a queda.