Indústria high tech espera crescimento acentuado das exportações nos próximos anos

De acordo com o estudo “UPS Change in the (Supply) Chain”, a China, a Índia e o Brasil são os mercados emergentes que os decisores empresariais da Europa elegem para exportar.

Realizado em parceria com a IDC Manufacturing Insights, este estudo procedeu à entrevista de 516 executivos da indústria high tech a nível mundial, tendo estes revelado existir uma forte aposta das tecnológicas europeias na impressão 3D, na medida em que 66 por cento já recorrem a esta tecnologia nas suas cadeias de produção.

Os resultados demonstram que, ainda que o off-shoring continue a ser utilizado para reduzir custos com a mão-de-obra, grande parte das empresas na Europa já implementa estratégias de near-shoring. Nesse sentido, 34 por cento dos inquiridos referem ter deslocado as suas linhas de montagem para locais mais próximos da procura no último ano e 38 por cento pretendem acrescentar unidades de produção ao longo dos próximos dois anos. Concluiu-se ainda que 56 por cento dos executivos europeus destacam o right-shoring como elemento fundamental da sua estratégia de negócio.

No inquérito da UPS, 39 por cento dos entrevistados creem que as exportações continuarão a crescer ao ritmo atual nos próximos dois anos. Em contrapartida, 19 por cento acredita que as exportações de high tech terão um crescimento mais acentuado. Deste modo, em 2016, 35 por cento das empresas europeias de high tech planeiam entrar no mercado brasileiro, enquanto a Índia será o destino de 33 por cento das tecnológicas da Europa.

No entanto, o estabelecimento das operações iniciais nos países de destino continua a ser o desafio primário à expansão além-fronteiras, ao que se seguem os desafios culturais e a atualização constante dos requisitos regulamentares. Globalmente, o principal entrave passa pela adaptação às diferentes regulações dos mercados internacionais.

Foi igualmente demonstrada uma grande apetência por parte das empresas de high tech para a utilização da impressão 3D, dado que 66 por cento referiu ter experiência com a impressão a três dimensões.

A nível da Europa, 70 por cento dos empresários entrevistados afirmou utilizar esta técnica na conceção de novos produtos e 63 por cento para a criação de peças sobressalentes, um número elevado quando comparado com os resultados globais do estudo, em que 24 por cento dos inquiridos afirmam utilizar a impressão 3D em peças sobressalentes.