Empresas portuguesas têm de aumentar maturidade digital

A percentagem não é nada simpática. Diz a IDC que 27% das médias e grandes empresas portuguesas estão em risco de desaparecer por falta de maturidade digital.

Esta foi uma das principais conclusões da 19.ª edição do Directions, evento anual organizado pela IDC Portugal, que reuniu, no Centro de Congressos do Estoril, mais de 1300 participantes em redor do tema Digital Transformation at Scale – Innovation in a Change World.

É que apesar da Transformação Digital (DX) das organizações nacionais começar a ser uma realidade, os tais 27% das empresas de média e grande dimensão em Portugal ainda se encontram no nível 1 (numa escala de 1 a 5) no modelo de Maturidade para a DX da IDC, contra 20% na Europa Ocidental e 13% nos EUA.

Estas conclusões têm como base um estudo da IDC, realizado em Portugal, em 2016, onde foram inquiridas 236 organizações e solicitado aos entrevistados que caracterizassem o seu próprio grau de maturidade em termos de transformação. Verificou-se com este estudo que, em Portugal as organizações estão menos maduras no processo de Transformação Digital, quando comparado com os resultados das empresas na Europa Ocidental, que, por sua vez, está atrasada face aos EUA,

Gabriel Coimbra, director-geral da IDC Portugal, sublinhou, na sessão de abertura do Directions 2016 e divulgado em comunicado de imprensa, a importância da transformação digital das organizações a nível mundial, possibilitada pela 3a Plataforma de TI, assente nas tecnologias móveis e sociais, nos serviços de cloud computing e nas ferramentas de Big Data e analítica de negócio. Gabriel Coimbra sublinhou ainda a importância da convergência destas tecnologias na criação de aceleradores de inovação – IoT, robótica, sistemas cognitivos, realidade virtual/aumentada e impressão 3D.

Esta nova realidade vai ser responsável pela disrupção da atividade de negócio da generalidade das organizações nacionais. A concluir, Gabriel Coimbra referiu ainda que, em 2020, mais de 60% das empresas vai ter a informação como ativo de negócio principal e que 25% das empresas industriais vai gerar mais de metade das suas receitas através de serviços digitais