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ESPECIAL | Dell: Disponibilidade e qualidade do serviço ditam escolha pela cloud

O tema governança é, hoje, a principal dúvida das empresas quando pensam a sua abordagem ao cloud computing? Que outras dúvidas assolam os vossos clientes?

O que a nossa experiência nos tem mostrado ao longo destes últimos cinco anos, desde que iniciámos os nossos serviços cloud em Portugal, é que as interrogações e as prioridades dos nossos clientes e parceiros têm mudado ao longo do tempo.

A segurança dos dados e a constante procura pelo serviço ao mais baixo custo foram certamente os fatores mais considerados há uns anos atrás.

Atualmente, outros fatores começaram a ter tanta ou mais relevância nas decisões dos responsáveis de TI. É o caso da disponibilidade e da qualidade do serviço prestado, bem como a flexibilidade e o suporte local, efetuado por recursos locais, das respetivas infraestruturas, quer sejam recursos físicos ou virtuais.

A nossa opinião é que o mercado chegou a uma fase em que será necessário consolidar ofertas e players, o que irá selecionar somente algumas empresas prestadoras de serviços cloud. Muitas irão inevitavelmente desaparecer e outras terão de se reinventar, pois o cliente já não se satisfaz com uma mera oferta de cloud pacotizada, disponibilizada através de um site web. Há que encarar um serviço cloud como um complexo projeto de integração, não havendo somente a preocupação de colocar máquinas virtuais em funcionamento.

A IDC (International Data Corporation) divulgou uma pesquisa na qual expressa que no primeiro trimestre do ano passado os investimentos globais em cloud eram cerca de 26%, enquanto que o mesmo número, quando se trata de investimentos na infraestrutura física, aumentaram 6,1%. Confirmam esta tendência?

Não temos dados para confirmar exatamente esses números. No entanto, o que podemos dizer é que a procura e a migração de clientes para a nossa infraestrutura cloud tem vindo sempre a aumentar. O mercado está cada vez mais recetivo a este tipo de soluções, e ao contrário do que estaríamos a prever inicialmente, são os nossos próprios parceiros Dell que nos procuram e que nos pedem uma opção em cloud, como alternativa à topologia tradicional em hardware físico.

As consultoras advogam ainda que a adoção da nuvem em larga escala e a concorrência entre os fornecedores das tecnologias tem diminuído o custo da nuvem privada. Corroboram esta opinião?

Sim. Mas isso é uma tendência já antiga, pois nem sempre se ganha em optar por infraestrutura cloud ou por uma infraestrutura de hardware mais tradicional. Temos sempre de analisar, caso a caso, a infraestrutura atual do cliente, bem como as respetivas aplicações e só depois decidir qual o cenário mais rentável. Por vezes, implementar uma nuvem privada sai economicamente mais vantajoso mas existem outros casos onde a cloud pública continua a ter um melhor retorno do investimento.

O que tem vindo a mudar, em Portugal, na adoção do cloud computing por parte das empresas?

Existe atualmente uma maior aceitação das soluções cloud por parte dos clientes e também dos parceiros de cariz mais aplicacional. As soluções estão mais maduras, os clientes têm mais confiança no nível de serviço oferecido e após realizarem uma prova de conceito, sentem-se tecnicamente mais confortáveis em avançar para uma solução cloud.

2016 vai ditar a “morte” das nuvens públicas empresariais?

Não diria morte. Continuarão a existir muitos clientes de menor porte, quer pela sua dimensão, quer pelas suas exigências aplicacionais, que continuarão a optar por serviços alojados na cloud pública, pois é um cenário mais económico. Para todos os outros, onde a segurança e a performance são fatores vitais, esses optarão por infraestruturas de cloud privada, quer no seu data center, quer alojadas num prestador de housing. 

Mais do que uma guerra pelas infraestruturas, agora vamos ter uma verdadeira luta pelas aplicações?

Não cremos totalmente nesse cenário, pois irão existir sempre clientes que não evoluirão para cloud ou que não adquiram as suas aplicações como meramente um serviço prestado, acedido remotamente.

No nosso entender, existirá uma crescente oferta SaaS, impulsionada principalmente pelos fabricantes de software, mas nem todos os clientes optarão por essa abordagem, quer por questões de falta de performance, quer por razões de segurança dos dados ou mesmo a qualidade do serviço prestado por um player cloud versus ter a solução implementada e controlada dentro de casa.

O que distingue a vossa abordagem à cloud dos restantes players?

O maior atributo que o mercado nos reconhece, em relação à oferta dos restantes players, é o facto dos nossos serviços cloud serem totalmente flexíveis, podendo o cliente e parceiro desenhar e subscrever à medida todos os serviços que realmente necessita. Temos uma filosofia comercial de canal, onde o parceiro tem acesso a um configurador online (com diversas opções à sua medida), sendo o mesmo parceiro o responsável pela relação comercial e faturação mensal dos serviços, perante o cliente final.

Por outro lado, caso o cliente opte por uma solução de cloud privada (in-house), a Dell apresenta-se neste momento no mercado como o único fabricante que possui no seu portfólio uma solução “in-a-box”, totalmente certificada e pronta a operar, para colocar em casa do cliente, solução essa baseada em Microsoft Azure, Vmware ou OpenStack. Aliás, somos neste momento o único fabricante capaz de implementar uma cloud privada com o motor Microsoft Azure, sem recurso aos datacenters da Microsoft.

Por último, temos ainda um fator bastante apreciado pelos nossos clientes/parceiros, que é o facto de utilizarmos no aprovisionamento e na integração das infraestruturas do cliente, os nossos próprios recursos técnicos que normalmente implementam os projetos de consultoria. Alocamos sempre um responsável técnico Dell pelo contrato, que conhece e mantém-se permanentemente atualizado sobre toda a infraestrutura produtiva do cliente, quer do ponto de vista de recursos físicos e/ou virtuais, quer do ponto de vista aplicacional.

Que percentagem do vosso negócio é já conquistado através deste modelo?

Atualmente, o volume de negócio de serviços Cloud é cerca de 15 a 20% da faturação de serviços em Portugal.

Susana Marvão

Jornalista especializada em TIC desde 2000, é fã incondicional de todo o tipo de super-heróis e da saga Star Wars. É apaixonada pelo impacto que as tecnologias têm nas empresas.

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