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Estratégia do Facebook deverá passar pela realidade virtual

Óculos de realidade virtual, drones e data centers estão a gerar uma quantidade considerável de contratações no Facebook, que vai aumentar o quadro de funcionários em até 14 por a curto prazo, de acordo com uma análise das ofertas de emprego no site da empresa.

A rede social pretende adicionar cerca de 1.200 novos funcionários, resultado de investimentos agressivos que os executivos disseram que definirão o próximo ano.

A Oculus Rift, fabricante de headsets de realidade virtual que o Facebook adquiriu num negócio de dois mil milhões de dólares no ano passado, está entre as principais áreas determinadas para crescimento, com 54 vagas de emprego listadas no site, de acordo com a análise da listagem, feita pela Reuters.

Entre os cargos que o Facebook precisa preencher para a Oculus, há vagas para gerentes para supervisionar a logística, compras e planeamento da cadeia de fornecimento global – um sinal, dizem alguns analistas, de que o produto está a aproximar-se da sua fase de lançamento comercial.

O mercado para headsets de realidade virtual ainda é novo. Mas, se a realidade virtual singrar no setor de jogos, entretenimento, comunicação ou computação, o Facebook poderá estar no centro da nova plataforma com a Oculus.

O esforço ambicioso do Facebook de construir os seus próprios satélites e drones capazes de oferecer serviços de Internet para regiões remotas do mundo é outra área importante para contratações: o Facebook está à procura de especialistas em áreas como aviação, comunicação de rádio frequência e engenharia térmica.

“Somos uma empresa ambiciosa, dirigida por um presidente ambicioso”, disse Sheryl Sandberg, vice-presidente operacional do Facebook em uma entrevista à Reuters. “A nossa rede de utilizadores está a crescer, a nossa empresa também e queremos apoiar isso”, disse, ressaltando que os negócios do Facebook são muito mais amplos hoje do que há alguns anos, com escritórios ao redor do mundo.

As vagas de emprego são direcionadas desde a profissionais de vendas quanto a engenheiros de software para a rede social com 1,35 mil milhões de membros.

O rápido crescimento do Facebook acontece no momento em que a empresa se expande para novos mercados e enfrenta a dura concorrência de rivais da web, como o Google, o Grupo Alibaba, e empresas iniciantes bem capitalizadas como o Snapchat.

“Há uma relativa correlação direta entre o investimento deles em pessoas, servidores e infraestrutura e a sua capacidade de se manterem competitivos”, disse o analista Colin Sebastian, da Robert Baird & Co.

O Facebook tinha, no final de setembro, 8.348 funcionários em tempo integral, muito menos do que os cerca de 55 mil funcionários da Google ou dos aproximadamente 127 mil funcionários da Microsoft. (A Microsoft anunciou no verão do hemisfério norte que pretende cortar 18 mil postos de trabalho.)

Susana Marvão

Jornalista especializada em TIC desde 2000, é fã incondicional de todo o tipo de super-heróis e da saga Star Wars. É apaixonada pelo impacto que as tecnologias têm nas empresas.

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