Estratégias do mercado das telecomunicações encerra Congresso

No Fórum “O Estado da Nação das Comunicações” Miguel Almeida, CEO da Zon Optimus foi o primeiro orador a falar sobre o mercado das telecomunicações em Portugal.

Miguel Almeida disse que apesar do mercado português não oferecer grandes oportunidades de crescimento, ainda há espaço para alguma consolidação, sem que isso afete o espaço para concorrer. Em relação à fusão recente desta empresa, o CEO referiu que “tem um projeto ambicioso, de crescimento que passa pelo reforço da tecnologia e que não passa por mais consolidações”.

O representante da Zon Optimus revelou ainda que apesar do foco da sua empresa ser o reforço competitivo no mercado português, também tem interesses no estrangeiro, nomeadamente em África.

Mário Vaz da Vodafone Portugal foi o orador seguinte e falou um pouco da estratégia da sua empresa. “A nossa estratégia passa pela via de crescimento orgânico. Queremos oferecer mais serviços aos nossos clientes.” O CEO disse também que o crescimento desta empresa passa pelo investimento em fibra.

Em relação às possíveis parcerias “já não há muitas hipóteses em Portugal para a criação de parcerias e essa não é a nossa estratégia”, explica.

Para além das questões de regulação dos mercados quatro e cinco, Mário Vaz falou ainda da sua aposta no mercado português. “Se houve empresa que manteve a mesma postura, focada no mercado português foi a Vodafone.Temos grandes resultados e grandes serviços para o mercado português”.

O Presidente Executivo da PT Portugal, Zeinal Bava, falou das questões de regulação neste mercado. “Devemos deixar que seja o mercado a nos regular, para que consigamos servir melhor os nossos clientes”.

Frisou ainda algumas medidas estratégicas da sua empresa, falando do  M4O como um exemplo perfeito de convergência e do foco nos países de línguas portuguesa (Portugal, Brasil e África) em que pretendem aproveitar as vantagens de língua que estes países têm.

Zeinal Bava falou ainda da queda de rentabilidade do setor nos últimos anos e terminou dizendo que “há ajustes que têm de ser feitos”.

Por fim, Francisco de Lacerda, Presidente e CEO dos CTT falou sobre o processo de privatização da empresa. “Atravessamos um momento díficil, mas em relação à privatização dos CTT este é o momento positivo”. Os CTT vão ter 70 por cento das suas ações privatizadas.

Francisco Lacerda reforçou a importância da empresa neste setor. ”Somos o operador de comunicações fisicas e temos três negócios essenciais: correio, encomendas e serviços financeiros”.

“Estamos muito longe de estar bem em Portugal, mas há sinais animadores que estão a ser antecipados nos mercados, nem sempre acertam, mas vão sempre passos mais à frente”, concluiu o gestor.

A entrada em bolsa dos CTT deverá concretizar-se em dezembro e existem interessados nos “quarto cantos” do mundo: América, América Latina, Central, Sul e Ásia.

Terminou assim, o segundo dia do 23º Congresso das Comunicações, em Lisboa.

Lara Veríssimo

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