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EUA reforçam resposta a ciberataques contra as suas infraestruturas

As informações são avançadas ao Washington Post por fontes anónimas na Administração Obama, e indicam que o governo dos EUA está a reforçar a sua estratégia de defesa cibernética, que passa, por exemplo, por sanções económicas e pela interdição de negócios com empresas norte-americanas.

As redes corporativas dos EUA têm estado sob ataques de uma frequência sem precedentes. Estas operações de cibercrime visam roubar segredos comerciais das empresas domésticas, sendo que o objetivo último é danificar a potência mundial.

Os passos a dar e as medidas a aplicar, de acordo com as fontes, ainda não foram decididos. Os EUA estão a ponderar cautelosamente as ações a tomar, para que, no decorrer da sua resposta, não seja revelada informação que comprometa a sua própria segurança.

Apesar de China ter um lugar de destaque na estratégia de cibersegurança dos EUA, não será o único país afetado. A Rússia, rival de longa data, estará contemplada no plano de reação dos Estados Unidos.

As relações económicas que tem com a China colocam Washington numa posição algo constrangedora e arriscada, tendo em conta que ambas as potências são, mutuamente, aliados económicos essenciais. No entanto, a Bloomberg, também citando fontes oficiais anónimas, diz que as operações de roubo de dados comerciais de empresas norte-americanas aumentaram, apesar de todos os esforços diplomáticos que têm sido feitos no sentido de mitigar estas ocorrências. Assim, a China mantém-se o “Inimigo Público Nº1” dos EUA.

As revelações antecedem a visita do líder do povo chinês, Xi Jinping, aos Estados Unidos, onde irá reunir-se com o congénere norte-americano.

Um dos delatores disse à agência noticiosa que se suspeita que o governo chinês esteja a apoiar campanhas de cibercrime contra as bases de dados das organizações de defesa dos Estados Unidos. Estes ataques pretendem obter informações acerca de operacionais secretos norte-americanos.

Em junho, o Gabinete de Gestão de Pessoal (GGP) dos EUA foi hackeado e dados de milhões de funcionários federais foram expostos, num ataque que foi considerado um dos maiores de sempre. Mais tarde no mesmo mês, o diretor dos serviços de inteligência norte-americanos, James Clapper, afirmou que a China era um dos principais suspeitos do ataque ao GGP.

Oficiais da Casa Branca disseram que a agenda destas sanções está a ser alvo de grande deliberação, visto que a sua aplicação antes da visita de Xi Jinping poderia ter um impacto amplamente negativo nas relações sino-americanas. Segundo consta, alguns membros da Administração Obama aconselharam o Presidente a debater a situação com o líder chinês, em privado, colocando sobre as medidas que serão tomadas caso a China não ponha um termo às operações de ciberataque contra os EUA.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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