Flicks cria sensor que deteta incêndios a 12 Km

A jovem empresa portuguesa desenvolveu uma nova tecnologia capaz de detetar os primeiros sinais de um fogo florestal e assim permitir às forças de combate a incêndios uma intervenção mais rápida e eficaz.

Foto: Pedro Armestre (AFP)
Foto: Pedro Armestre (AFP)

Sensores colocados de 12 em 12 quilómetros a funcionarem 24 horas por dia, que detetam aumentos de temperatura e variações na concentração de dióxido de carbono em ambiente florestal, enviando de imediato um alerta aos meios de socorro são a base desta nova tecnologia criada pela portuguesa Flicks que já ganhou um prémio de Start -Up Company of the Year. ~

Segundo Marina Machado, responsável de desenvolvimento de negócio da Flicks, a primeira motivação para este projeto foi mesmo ajudar no combate aos incêndios, matéria tão sensível no nosso país e que todos os anos afeta as nossas florestas: “acreditamos que a tecnologia é uma ferramenta de apoio e uma mais-valia para as forças de combate aos incêndios”.

Com base neste objetivo, teve início a investigação, há cerca de dois anos. Passou depois pelos testes em laboratório e, neste momento está em fase piloto, com vista à sua implementação, necessitando ainda de um investimento de 50 mil euros.

A sua implementação prevê um enquadramento dos sensores “em estruturas já existentes nas florestas, tais como antigas casas florestais, e na sua ausência são construídos novos postos sempre acima da copa da árvore e com o menor impacto ambiental”, segundo Marina Machado que destacou ainda a possibilidade de esta tecnologia dar indicações sobre o crescimento das árvores florestais e funcionar através de energia eólica ou solar.

A Flicks está incubada no UPTEC, o Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto que visa promover a criação de empresas de base tecnológica e outras, apoiando a transferência de conhecimento e tecnologia entre a Universidade e o Mercado.