Fusão entre EMC e Dell avança com fim do período ‘go shop’

O acordo de fusão entre a EMC e a Dell vai avançar como previsto depois do fim do período “go shop”, em que poderiam ter sido entregues e avaliadas propostas de aquisição alternativas. Este período, constante no acordo revelado em outubro, permitia à EMC procurar por um negócio ainda melhor. Tal não aconteceu.

“Não foram recebidas ou consideradas propostas de aquisição para constituição de uma proposta superior ao acordo de fusão existente”, informou a EMC em comunicado. A solicitação de propostas alternativas ficou sem resposta, o que já era previsível dada a dimensão deste negócio – 67 mil milhões de dólares, ou 61 mil milhões de euros, nada menos que a maior compra de sempre da indústria. Ainda assim, chegou a especular-se que nomes como a Oracle ou a Lenovo pudessem estar interessados numa contra-proposta para comprar a EMC.

Findo o período “go shop”, o calendário previsto deverá ser cumprido. A ideia é fechar a transação entre maio e outubro de 2016, contando com os prazos de aprovação dos acionistas e as questões financeiras que envolvem o negócio. Por exemplo, a Dell foi forçada a assegurar cerca de 36 mil milhões de euros em dívida para financiar a aquisição, e agora correm rumores de que irá vender algumas unidades de negócio para obter liquidez. A Perot Systems poderá ser um desses casos, uma venda de 2,7 mil milhões de euros segundo o site Re/Code.

Do lado da EMC, a gigante de storage refere que irá continuar a trabalhar com Michael Dell, MSD Partners e Silver Lake para ultimar o acordo de aquisição. “Depois de concluído, o novo negócio promete ser uma potência empresarial, com rotas altamente complementares para o mercado, que vão ajudar os clientes a dirigir as suas transformações digitais e evolução para a cloud híbrida”, assegura a EMC.

O comunicado, em tom otimista, diz que a empresa que surgirá da fusão destes dois gigantes terá “mais liberdade para inovar e investir para a liderança de longo prazo.”