IBM aproveita Pulse para anúncios de peso

O primeiro dia do “Pulse” foi fértil em anúncios. A IBM reforçou a sua aposta na cloud, nomeadamente na híbrida, anunciou uma nova plataforma denominada BlueMix, acertou a compra da Cloudant, uma empresa privada de bases de dados-as-a-service sedeada e anunciou a criação da Fundação Cloud Foundry. “Mais uma prova de que estamos comprometidos com um mundo em que a nuvem é realmente aberta”, disse Robert LeBlanc, vice-presidente sénior de software e soluções cloud.

A IBM acredita na mudança constante. E acredita que há grandes elementos que nos vão acompanhar nos próximos anos. Elementos esses que vão mudar não só a indústria das Tecnologias da Informação mas todas as outras. Estas mudanças vão ser lideradas pelos dados, diz Erich Clementi, senior vice-presidente da IBM Global Technology Services. Aliás, este executivo diz mesmo que os dados são o próximo recurso natural. “E quem lidar com os dados de forma eficiente vai ser o vencedor”. Depois, temos a cloud como o próximo modelo de entrega de TI. 

A verdade é que a IBM tem vindo a, de forma consistente, investir na computação em nuvem. “Desde o início que acreditamos na cloud. Declaramos no nosso roadmap que queremos alcançar 7 mil milhões de dólares de receita global de cloud até 2015. E estamos no bom caminho”, assumiu o responsável perante os jornalistas presentes.

Para endereçar este objetivo, a empresa fez alguns anúncios de peso aqui no Pulse 2014. Definitivamente, a “big blue” parece querer focar-se na execução de uma estratégia de nuvem credível. E para reforçar esta estratégia, os norte-americanos anunciaram o investimento de mais mil milhões de dólares nos seus negócios na cloud.

Na sequência de um recente anúncio de gastar 12 mil milhões em aumentar a presença global dos produtos SoftLayer, baseados na nuvem, a IBM reforça agora esse investimento com mais mil milhões, desta vez para serem aplicados no reforço das ofertas disponíveis no topo da SoftLayer. “A IBM anunciou um ambiente de desenvolvimento único e capacidades-as-a-service para ajudar os clientes e os seus desenvolvedores a acelerarem a adoção de nuvens híbridas, nuvens essas que têm o potencial de inaugurar uma nova era de inovação em toda a empresa. Como parte da sua iniciativa, a IBM investiu mais de mil milhões de dólares para o desenvolvimento de software em nuvem e está a lançar novos recursos que funcionam em SoftLayer”. Ou seja, a IBM quer entrar em força no “jogo” das nuvens híbridas. “Acreditamos que o futuro passa por nuvens hibridas e dinâmicas”. Este mercado, segundo Clementi deverá valer qualquer coisa como 250 mil milhões 2017.

Mas as novidades não ficaram por aqui. Robert LeBlanc, vice-presidente sénior de software e soluções cloud, anunciou uma suite de novos produtos liderados por uma nova plataforma, denominada BlueMix, para além de ter adquirido a Cloudant, uma empresa privada de bases de dados-as-a-service sedeada em Boston.

A grande novidade é que a IBM está a lançar a BlueMix em beta aberto. O produto é uma plataforma-as-a-service que permite aos desenvolvedores de empresas clientes da IBM criarem muito rapidamente aplicações corporativas dentro da nuvem em vez de internamente nos seus próprios bancos de dados. Junto com a BlueMix, a IBM está também a trazer padrões de middleware para a sua infraestrutura cloud por forma a tornar essa transição possível. Tudo isso faz parte de uma mudança no orçamento da unidade de cloud da IBM que deverá custar mil milhões de dólares nos próximos dois anos, disse LeBlanc.

Juntamente com este anúncio, mais um. A IBM avançou que a partir de hoje faz parte da recém-criada Fundação Cloud Foundry – uma plataforma de código aberto do tipo Platform as a Service (PaaS) – da qual a IBM é fundadora e patrocinadora platina. Aliás, analistas presentes no Pulse defendem que o projeto open-source Cloud Foundry estará prestes a tornar-se uma peça padrão de tecnologia. O principal financiador, Pivotal, convenceu empresas como a IBM, a HP, a SAP e a Rackspace a participarem de uma nova fundação dedicada à tecnologia. “Vão notar que há alguns fornecedores que não estão na lista. Mas para serem membros da Cloud Foundry têm de comprometer a serem abertos”, disse o executivo numa clara alusão à Apple e Microsoft.

Este anúncio é particularmente importante dado que a plataforma BlueMix é baseada em Cloud Foundry. “Mais uma prova de que estamos comprometidos com um mundo em que a nuvem é realmente aberta”.

Susana Marvão

Jornalista especializada em TIC desde 2000, é fã incondicional de todo o tipo de super-heróis e da saga Star Wars. É apaixonada pelo impacto que as tecnologias têm nas empresas.

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