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INESC TEC cria radar para ir a Marte

O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto – Tecnologia e Ciência (INESC TEC) criou um radar que poderá chegar a Marte já nos próximos anos.

Filipe Magalhães e Francisco Araújo são os investigadores do instituto que concluíram recentemente a construção do primeiro protótipo laboratorial de um LIDAR, variante de radar com radiação laser, para captura de imagens 3D, que poderá vir a ser integrado em veículos espaciais da Agência Espacial Europeia.

Este protótipo foi desenvolvido pelo INESC TEC com o objetivo de explorar o sistema solar e os investigadores já vieram admitir a hipótese de uma das primeiras viagens do aparelho poder ser a Marte.

Filipe e Francisco explicam que o LIDAR será uma grande ajuda na aterragem de sondas, na navegação de robôs na superfície de planetas ou luas e na recolha e transporte de amostras.

Através da análise topográfica do terreno, a integração deste sistema vem permitir a identificação da melhor localização para a aterragem das sondas espaciais. O sistema também vem permitir que os robôs exploradores na superfície do planeta consigam detetar obstáculos e movimentar-se mais facilmente e permitir que a recolha e o transporte de amostras do solo de Marte para a Terra seja facilitada, ao localizar a posição da cápsula em órbita com as amostras.

Este protótipo foi desenvolvido no âmbito do projeto CYCLOPS e tem como característica fundamental o facto de ser bastante leve, condição muito importante nas tecnologias espaciais. “Nas missões espaciais, cada quilograma a mais traduz-se em milhares de euros de despesa em combustível e energia”, explica o investigador Filipe Magalhães.

O sistema português LIDAR poderá mesmo integrar as missões da ESA a Marte já daqui a quatro anos como parte essencial da nova geração de veículos espaciais da agência.

O technical officer da instituição espacial, João Pereira do Carmo, diz que “a inexistência, na Europa, de detetores de grande resolução para a obtenção de imagens 3D e os elevados custos do seu possível desenvolvimento, levaram a ESA a promover soluções alternativas e de grande potencial como a proposta pelo INESC TEC”.

Cátia Colaço

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