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Infraestruturas de TI na nuvem: IDC aposta em ano forte

A consultora prevê que os gastos totais em produtos de infraestrutura de TI – servidores, armazenamento e swtich Ethernet – para a nuvem vão crescer 15,5% para 37,1 mil milhões de dólares este ano. É uma diferença considerável em relação ao desempenho do mercado no primeiro trimestre, que obteve uma subida de apenas 3,9%.

O que se manterá em queda é o segmento de infraestruturas de TI tradicionais, implementadas em ambientes fora da nuvem: este ano cai 4,4%, embora ainda represente a maior fatia do bolo, 63,4%.

No que toca a nuvem privada, o investimento irá crescer 10,3% para 13,8 mil milhões, com mais de 60% deste valor atribuído a ambientes de nuvem privada on-premises. Já os gastos com infraestruturas em nuvem pública, o crescimento será de 18,8% este ano, para 23,3 mil milhões.

O aumento dos investimentos será transversal a todas as regiões. No caso dos ambientes cloud combinados, os gastos com switches Ethernet são os que mais vão crescer, 39,5% (servidores: +11,4% e armazenamento: +14,2%).

No longo prazo, a IDC espera que os gastos cresçam a uma taxa anual composta de 13,2% até 2020, ano em que vão atingir 59,5 mil milhões. Tal representará 48,7% do total investido na infraestrutura de TI empresarial.

Também nessa altura, os fornecedores de serviços de nuvem pública (CSP) vão gastar 38,4 mil milhões em infraestruturas para oferecer os serviços, enquanto os gastos em ambientes privados vão atingir 21,1 mil milhões.

“Apesar do enfraquecimento da procura por CSP de hiper-escala por produtos de infraestrutura de TI no primeiro trimestre, esperamos que os gastos na nuvem pública aumentem na segunda metade do ano”, refere a diretora de pesquisa de sistemas de armazenamento Natalya Yezhkova.

“No geral, vamos continuar a ver um crescimento sustentado na procura por serviços de cloud pública, e como tal, gastos em infraestruturas de TI pelos CSP.” A analista frisa que a instabilidade económica e financeira que ocorre em certas regiões irá impulsionar a procura, visto que as ofertas de nuvem pública estão mais sofisticadas e vão permitir às empresas satisfazerem as suas necessidades ao mesmo tempo aliviando a pressão sobre os orçamentos.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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