Instagram muda ordem das publicações: de cronológicas para relevantes

É precisamente o mesmo que acontece no News Feed do Facebook, que comprou o Instagram há três anos. A rede social de partilha de fotografias anunciou a medida no seu blogue corporativo, dizendo que vai fazer as mudanças de forma progressiva e tendo em conta as reações dos utilizadores.

“Talvez fique surpreendido em saber que as pessoas não veem, em média, 70% do que se passa nos seus feeds”, explica a empresa no texto. “À medida que o Instagram cresceu, tornou-se mais difícil estar a par de todas as fotos e vídeos que as pessoas partilham. Isto significa que as pessoas não veem as publicações que lhe interessam mais.”

A ordem das fotos e dos vídeos passará a ser determinada de acordo com a probabilidade de que o utilizador se interesse pelo conteúdo, a relação com a pessoa que publicou e a oportunidade do post, em termos de timing. “Para melhorar a experiência, o seu feed passará a mostrar os momentos que acreditamos que lhe irão interessar mais”, refere a equipa do Instagram.

Por exemplo, se o músico favorito partilha um vídeo do concerto da noite passada, ele irá aparecer no feed quando o utilizador acordar. “E quando o seu melhor amigo publicar uma foto do seu novo cachorro, não vai perdê-la.” Para que não haja confusões, a assessoria do Instagram sublinha à B!T que “todos os posts que as pessoas seguem vão continuar no feed”, embora a ordem seja alterada.

A experiência será implementada de forma gradual, durante os próximos meses. Mike Krieger e Kevin Systrom, co-fundadores do Instagram, deram também uma entrevista ao New York Times para explicarem a decisão, que se põe a jeito de irritar os utilizadores. O que muitos cibernautas gostam em redes como o Instagram e o Twitter é precisamente o fator aleatório, não-curado, uma descoberta constante. As alterações à timeline do Twitter neste sentido encontraram muita resistência, e é provável que o mesmo aconteça no Instagram. Mas se o Facebook for algum exemplo, a oposição dos utilizadores acabará por se desvanecer sem afetar os níveis globais de utilização.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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