Inteligência Artificial: o exército de ‘bots’ da Microsoft

O CEO Satya Nadella explicou a sua visão para estas aplicações, que podem ser usadas para desenvolver novos métodos de interação com computadores. Isto apesar do falhanço da Tay, um bot de inteligência artificial que foi lançado no Twitter e teve ser suspenso, porque os utilizadores da rede de microblogging rapidamente perceberam como torná-lo racista, misógino e ligeiramente genocida.

“Queremos desenvolver inteligência artificial que aumente as capacidades e experiências humanas”, afirmou Nadella. O CEO introduziu o conceito de “Conversação como Plataforma”, explicando que se trata de agarrar no poder da linguagem humana e aplicá-lo a toda a computação. Isto vai muito além da assistente digital inteligente Cortana. “Pensamos que isto pode ter um impacto tão profundo quanto as anteriores mudanças de plataforma do passado, como a web e o tátil nos dispositivos móveis”, referiu.

As ferramentas de produção destes bots de conversação estarão disponíveis para Skype com um novo kit desenvolvimento, mas não se ficam por aqui – a ideia é que cheguem a outras plataformas de comunicação, como Slack e Outlook. A integração profunda da assistente digital Cortana no Skype foi uma das demos na Build 2016 e mostrou, por exemplo, a capacidade de a assistente perceber que o utilizador ia participar numa conferência através de uma conversa no chat. Tomou a iniciativa de marcar a data no calendário e introduziu na conversa um “bot hoteleiro” (neste caso, da cadeia Westin) para sugestão de acomodação. É assim que isto vai funcionar na fase inicial.

“Os bots no Skype vão começar por aparecer nas mensagens, e no futuro estarão disponíveis também para chamadas de áudio e vídeo”, explica a Microsoft. “Cada bot vai melhorar a sua experiência no Skype de uma maneira própria, trazendo uma nova dimensão às conversas diárias no Skype e ajudando a tornar as suas ideias e planos em ações concretas.”