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Lucro da Oracle cai apesar de crescimento em SaaS e PaaS na nuvem

A receita total da Oracle atingiu 9 mil milhões de dólares, sem alteração face ao mesmo período do ano passado (teria crescido 1% sem o impacto das flutuações cambiais). Os analistas esperavam mais, o que fez as ações da empresa derraparem 2% em bolsa.

A boa notícia vem das operações de SaaS (software as a service) e PaaS (platform as a service) na nuvem: as receitas deram um salto de 81% para 878 milhões de dólares. No total, os serviços de nuvem (incluindo IaaS) registaram receita de 1,1 mil milhões de dólares, subida de 62% face a 2015. 

O lucro operacional foi de 3 mil milhões de dólares, com uma margem de 34%, enquanto o lucro líquido ficou nos 2,6 mil milhões de dólares. A Oracle sofreu com a valorização do dólar americano contra outras moedas e teria tido melhores resultados sem esse impacto.

O co-CEO Safra Catz, que esta semana foi nomeado para o comité executivo de transição de Donald Trump, sublinhou os resultados positivos na nuvem.

“Em quatro trimestres consecutivos, aumentamos a nossa taxa de crescimento da receita em SaaS e PaaS na nuvem”, afirmou. “À medida que ficamos maiores na nuvem, crescemos mais rápido.” Já acima de mil milhões de dólares, Catz falou da rival. “Quando a Salesforce.com ultrapassou o marco de mil milhões de dólares, a sua taxa de crescimento das subscrições SaaS e PaaS tinha abrandado para 36%, mesmo incluindo todas as aquisições.” 

O co-CEO Mark Hurd também fez uma comparação. “A Oracle ultrapassou a Salesforce.com e é agora número um em vendas de aplicações SaaS na nuvem para clientes com mais de mil funcionários, de acordo com a pesquisa da IDC”, salientou. “Por outras palavras, este ano estamos vendendo mais SaaS corporativo que qualquer outro provedor mundial de serviços na nuvem.”

Hurd afirmou que a expectativa é chegar aos 2 mil milhões de dólares em novos negócios recorrentes na nuvem em 2016. Com a aquisição da NetSuite, a Oracle planeia ser “o provedor de serviços na nuvem número um também para empresas com menos de mil funcionários.”

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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