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Mercado de smartwatches cai 51,6% no terceiro trimestre

Os números são desoladores: as remessas totais de smartwatches atingiram 2,7 milhões de unidades, contra os 5,6 milhões no mesmo período do ano passado. A IDC sublinha que o declínio é muito significativo, mas faz algumas ressalvas – nomeadamente o ciclo de vendas do líder de mercado, Apple Watch.

É que o trimestre comparável de 2015 foi o primeiro em que o relógio da Apple chegou em força ao retalho, após alguns meses de distribuição limitada. Por outro lado, a marca lançou a versão número dois do relógio apenas duas semanas antes do fim do trimestre.

“O forte declínio nos volumes de remessas de smartwatches reflete a forma como as plataformas e marcas estão a alinhar-se”, explica o diretor de pesquisa Ramón Llamas. Por exemplo, a Apple refrescou o sistema operativo watchOS, mas lançou-o apenas com o relógio de segunda geração, no final de setembro.

a Google decidiu atrasar o Android Wear 2.0 e isso terá repercussões nos parceiros de hardware, que devem decidir se querem lançar smartwatches antes ou depois do Natal. O Gear S3 da Samsung, apresentando durante a feira europeia IFA, nem chegou ao mercado. “Coletivamente, isto fez com que os fabricantes se suportassem em dispositivos mais antigos para satisfazer os consumidores.” Sem surpresa, as vendas mostraram a insatisfação dos clientes com as ofertas das marcas.

Por outro lado, o analista sénior Jitesh Ubrani refere que se tornou por demais evidente que os smartwatches não são apropriados para toda a gente. “Ter um objetivo e um caso de utilização claros é crucial, por isso muitos fabricantes estão a focar-se em fitness, pela sua simplicidade”, revela.

“No entanto, olhando em frente, diferenciar a experiência dos smartwatches do smartphone será chave, e estamos a começar a ver alguns sinais disso com a integração de capacidade de telemóvel” nos relógios.

Quanto ao ranking, é o seguinte:

1º. Apple – 1,1 milhões de relógios vendidos e 41,3% de quota

2º. Garmin – 0,6 milhões de relógios vendidos e 20,5% de quota

3º. Samsung – 0,4 milhões de relógios vendidos e 14,4% de quota

4º. Lenovo – 0,1 milhões de relógios vendidos e 3,4% de quota

5º. Pebble – 0,1 milhões de relógios vendidos e 3,2% de quota.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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