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México aperta leis das telecoms e encurrala América Móvil

A indústria mexicana das telecomunicações está a procurar uma legislação que ponha um travão à dominância irrefutável da América Móvil do multimilionário Carlos Slim. As empresas das telecoms querem que Slim renuncie ao monopólio do setor e que seja penalizado caso não aquiesça à legislação.

A câmara baixa do Parlamento mexicano está determinada a discutir o projeto de lei que foi sancionado pelo Senado durante este fim-de-semana, depois de mais de seis meses de atrasos e provações legais.

Uma sessão extraordinária será requerida hoje para discutir e aprovar o projeto de lei, que amanhã poderá entrar já em vigor, de acordo com Manlio Fábio Beltrones, diretor do Partido Revolucionário Institucional, em maioria na câmara baixa.

Caso seja efetivamente aprovada, a lei precisará, então, de receber a luz verde por parte do Presidente mexicano Enrique Peña Nieto, que tomou já o leme da legislação.

Após 17 horas de debate, o Senado no passado dia 5 aprovou o projeto de lei que, segundo os seus apoiantes, potenciará a germinação de novos rivais que deverão mitigar a poderio da América Móvil do magnata das telecomunicações Carlos Slim, e do Grupo Televisa do multimilionário Emilio Azcarraga, que durante imensos anos têm reinado com um punho de ferro nas indústrias mexicanas das telecomunicações e dos media.

Para além de restrições aos preços e da obrigação de partilha de capacidade de rede, a lei permitirá que estas grandes empresas proponham a sua própria segmentação para assim reduzirem as suas quotas de mercado.

“Com mais investimento teremos mais competição, mais qualidade e opções de serviços e preços acessíveis para os utilizadores”, afirmou Beltrones, alvitrando a urgência da aprovação desta medida reformadora.

As empresas enfrentarão as mais cáusticas penalidades com que alguma vez se depararam caso violem as novas condições legais.

O projeto de lei exigirá multas de até dez por cento das receitas das vendas mexicanas das empresas, mas o dobro será aplicado a empresas repetentes.

A América Móvil registou 23 mil milhões de dólares em receitas no ano passado no México.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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