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Mobilidade não tem presença forte nas organizações nacionais

As vendas de dispositivos móveis vão aumentar sete por cento dentro dos próximos cinco anos. Um estudo da IDC demonstra que, apesar de estimar-se que em 2020 sejam  vendidos cerca de 5,5 milhões de dispositivos móveis em Portugal,  e que 1,3 milhões incidirão sobre o setor corporativo, as estratégias de mobilidade das organizações, a existirem, são ainda débeis e precisam de ser alvo de decisivos investimentos.

O estudo “Mobilidade: Como criar valor para o seu negócio?”, desenvolvido pela consultora IDC no âmbito do projeto Portugal Tech Insights 2020, deixa bem claro que a tendência da mobilidade veio para ficar, e continuará a crescer nos próximos anos.

Estima-se que até 2020 as vendas de smartphones, de wearables e de tablets aumentem, o que indica, por um lado, que cada vez mais os gestores de TI e responsáveis de negócios estão cientes da importância da mobilidade no aumento da eficiência dos colaboradores das empresas, no reforço das relações com os clientes e parceiros e na otimização dos modelos de negócio.

A IDC revela, no entanto, que os investimentos de uma considerável porção das organizações portuguesas em tecnologias e soluções de gestão de mobilidade estão ainda aquém do desejado.

A investigação mostrou que, em termos de implementação de soluções de mobilidade nos seus negócios e estratégias de TI, são os setores nacionais das telecomunicações e da Banca os mais maduros, ao passo que a Administração Pública e o setor dos Serviços são os que ocupam as posições mais inferiores.

Comparativamente com a Europa Ocidental, as organizações de grandes e médias dimensões estão atrasadas ao nível da adoção e otimização da mobilidade, sendo que somente 17 por cento registam graus mais elevados de maturidade, contra os 34 por cento da Europa Ocidental.

A consultora afirma que cingir a mobilidade ao topo da pirâmide da hierarquia empresarial inviabiliza a otimização da aplicação desta mobilidade no contexto das organizações, pelo que estas soluções têm de ser estendidas a todos os níveis e a todos os colaboradores, para uma máxima eficiência.

Consta que mais de 42 por cento das organizações abrangidas pelo estudo implementaram já modelos de colaboração flexíveis, permitindo o trabalho a partir de casa. Por outro lado, a IDC diz que “a percentagem de organizações que já procederam à adoção de uma estratégia corporativa de mobilidade ainda é reduzida (23%), o que evidencia a relativa imaturidade destas tecnologias nas organizações nacionais”.

Embora sejam escassas as organizações portuguesas que já implementaram uma estratégia de mobilidade formal, 53 por cento das inquiridas já esboçaram pelo menos parte das suas iniciativas de mobilidade.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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