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Porto debate indústria do século XXI

A organização do evento é do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), no âmbito do evento anual “Fórum INESC TEC do Outono”.

Em comunicado, a organização diz que se estima que o paradigma da Fábrica do Futuro, no qual as tecnologias digitais têm, entre outras, um papel determinante e que tem na Alemanha um grande impulsionador, possa vir a gerar cerca de seis milhões de empregos na Europa.

É nesse contexto que Günter Hörcher – diretor de Investigação Estratégica no Fraunhofer Institute for Manufacturing Engineering and Automation IPA (Alemanha) – vai marcar presença na discussão, por volta das 11:45, partilhando a experiência alemã da iniciativa Indústria 4.0.

Mas, antes de Günter Hörcher, é a vez de Harald Egner – diretor para as Parcerias de Investigação na Europa do Centro Tecnológico para a Indústria Transformadora do Catapult (Reino Unido) – apresentar a realidade do Reino Unido, onde foram criados os institutos Catapult, que visam, através do uso intensivo das tecnologias digitais, promover a reindustrialização do País e, simultaneamente, aproximar indústria e universidades.

Em Portugal, com idênticos propósitos, foi recentemente lançado o projeto FABTEC (Laboratório de Processos e Tecnologias para Sistemas Avançados de Produção), por um consórcio constituído pelo INESC TEC, a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e o INEGI e que tem como objetivo apresentar soluções inovadoras às empresas através da sua experimentação numa learning-factory. Esta iniciativa irá alargar-se a outras instituições nacionais constituindo um Laboratório Colaborativo na área dos Sistemas Avançados de Produção.

“A Europa tem de trazer para a ribalta a economia real e isto assenta muito na indústria e no conceito das fábricas do futuro. Espera-se que daqui a 10/20 anos tenhamos realidades completamente distintas das de hoje. Mas, para isso, precisamos de desenvolver produtos eficientes e a melhor forma de o fazermos é através das chamadas fábricas inteligentes. Em Portugal a economia ainda não é suficientemente competitiva e abre-se agora uma oportunidade única de transformação. É nisso que temos que trabalhar intensamente, até porque o que está a acontecer é uma revolução industrial”, refere Américo Azevedo, diretor científico do FABTEC.

Daniel Bessa – economista e docente da Universidade do Porto – e José Carlos Caldeira – presidente da Agência Nacional de Inovação (ANI) – vão ser os oradores convidados da parte da tarde, que vão apresentar possíveis caminhos a trilhar pelas empresas nacionais.

Antes das intervenções destes convidados terá lugar um painel de discussão sobre o posicionamento da indústria portuguesa face aos atuais desafios e oportunidades. Américo Azevedo irá moderar a discussão, que vai contar com a participação de Ângelo Ramalho, da EFACEC, Rui Amorim de Sousa, da Cerealis, Fortunato Frederico, da Kyaia, Pedro Matos Silva, da Navigator Company, Luís Esteves, da Amorim & Irmãos e António Conde, da Bosch Termotecnologia.

O encerramento vai estar a cargo de José Manuel Mendonça, presidente do INESC TEC, e de Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

Susana Marvão

Jornalista especializada em TIC desde 2000, é fã incondicional de todo o tipo de super-heróis e da saga Star Wars. É apaixonada pelo impacto que as tecnologias têm nas empresas.

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