Publicidade em redes sociais atingirá 50 mil milhões de dólares em 2019

O volume de investimento em publicidade nos medias sociais irá atingir os 50 mil milhões de dólares em 2019, segundo previsões divulgadas hoje pela Zenith Optimedia, uma agência publicitária detida pela francesa Publicis.

De acordo com o relatório, citado pela Reuters, os gastos de anunciantes em redes sociais vão representar 20% de todo o investimento publicidade na internet dentro de apenas dois anos. Isso significa que o segmento será praticamente equivalente à publicidade em jornais (apenas um ponto percentual abaixo). A Zenith Optimedia espera mesmo que as redes sociais como destino para anunciantes ultrapasse os jornais em 2020.

“As redes sociais e o vídeo online estão a impulsionar o crescimento contínuo nos investimentos publicitários globais, apesar das ameaças políticas à economia”, afirmou Jonathan Barnard, diretor de previsões da Zenith.

Em 2017, a agência prevê que os investimentos globais em publicidade cresçam 4,4%, o mesmo ritmo de subida que em 2016. Isso é considerado especialmente importante tendo em conta que este ano existiram vários eventos importantes que impulsionaran os anúncios – desde o Rio 2016 ao referendo que deu origem ao Brexit e à eleição presidencial nos Estados Unidos.

No caso do vídeo online, que também está a crescer muito, o total será de 35,4 mil milhões de dólares em 2019, já acima do investimento na rádio.

O relatório da Zenith mostra que o investimento publicitário se manteve estável nos últimos seis anos, apesar do crescimento ter declinado no Médio Oriente e Norte de África.

As principais redes sociais a beneficiarem dessa atenção dos anunciantes são o Facebook e o Snapchat. Já o Twitter, cuja base de utilizadores estagnou, tem apresentado dificuldades em conseguir lucros e crescer o negócio de publicidade.

Já para os media, a mudança da forma como os leitores consomem notícias afetou a capacidade de negociar com anunciantes. As rede sociais são, atualmente, plataformas que misturam entretenimento com consumo de notícias, o que as torna não apetecíveis.