Qualcomm quer comprar CSR por mais de dois milhões de dólares

A Qualcomm disse estar disposta a comprar a empresa britânica CSR, especialista em bluetooth, num negócio de 2,5 mil milhões de dólares que deverá permitir que norte-americana deite a mão às áreas automóvel e de dispositivos wearable, na qual a CSR beneficia de um grande crescimento.

A maior fabricante de semicondutores para dispositivos móveis do mundo revelou que está na posição para desembolsar cerca de 14 dólares por cada ação da CSR, um aumento de 56,5 por cento sobre o preço das ações em agosto, de acordo com o que a empresa do Reino Unido disse hoje.

Nessa mesma altura, a CSR recusara uma oferta da Microchip Technology, alegando que a proposta era demasiado reduzida.

Apesar de poderem surgir outras ofertas, Robert Lamb, analista na Jeffries, disse que a proposta da Qualcommm dificilmente será ultrapassada.

O diretor executivo da fabricante de chips, Steve Mollenkopf, afirmou que, ao açambarcar a CSR, a Qualcomm poderia, então, estender-se a mercados de chips para ligação Bluetooth wireless de curta distância, e de processadores de áudio implementados em dispositivos wearable ou controlos automotivos.

A Qualcomm, fabricante no mercado de chips usados em smartphones, tem procurado expandir-se para além do mercado de telemóveis em áreas emergentes, como eletrodomésticos sem fios e outros dispositivos conectados que se inserem na esfera “The Internet of Things”.

Em maio, esta concordou em adquirir Wilocity, fabricante de conexões sem fio HDMI, usados para transmitir vídeo entre computadores e monitores, e desenvolveu AllJoyn, uma plataforma de código aberto que permite que os dispositivos compartilhem informações com outros dispositivos próximos.

CSR, abreviação de Cambridge Silicon Radio,foi pioneira no mercado de tecnologia sem fio Bluetooth, que está a crescer rapidamente no que toca à popularidade para o uso em alto-falantes de áudio sem fio.

No que toca a este negócio a CSR foi aconselhada pelo JP Morgan Cazenove e Goldman Sachs, enquanto a Qualcomm foi aconselhada pelo Deutsche Bank.

Ricardo Martins com Filipe Pimentel

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