SAP reduz metas de lucros para 2017

A SAP reduziu as suas expectativas para os lucros de 2017. O corte acontece depois de a fabricante alemã de software ter percebido que a oferta de computação cloud através de subscrições não é o melhor modelo para o seu negócio.

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Depois de anunciar que os lucros poderão ser inferiores à meta previamente estabelecida, as ações da SAP caíram 3,4 por cento, para 55,57 euros.

Afinal, as vendas da SAP, para 2017, ficar-se-ão por valores entre os 6,3 mil milhões e os sete mil milhões de euros, ao invés de atingirem os 7,7 mil milhões de euros que a empresa calculara. Ao nível das receitas das vendas, a empresa esperava arrecadar, pelo menos, 22 mil milhões de euros, mas hoje revelou que este valor foi cortado para os 21 mil milhões de euros.

Apesar de o segmento cloud da SAP estar a crescer rapidamente e mostrar alta rentabilidade, o fluxo de receitas gerado pelo modelo de subscrição não é tão forte como a empresa havia esperado.

A feroz competição levou a que o diretor executivo Bill McDermott desembolsasse mais de 20 mil milhões de dólares, capital esse que está a ter dificuldades em reaver, fazendo com que os lucros da SAP não sejam os que se haviam esperado.

Várias são as empresas que têm optado pelo modelo de subscrição para a utilização do seu software baseado em cloud. O problema reside nas despesas em que a SAP incorreu para tentar mitigar a pressão exercida por rivais de peso como a Oracle, que apesar de também ter adotado o modelo de subscrição, consegue retirar dele o devido proveito. Em dezembro, as ações da tecnológica, liderada agora pelos co-diretores executivos Mark Hurd e Safra Katz, atingiram os valores mais altos dos últimos seis anos.