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Setor de smartphones indonésio pode vir a cair 50 por cento

Vários representantes da Apple, da Samsung e de outras tecnológicas na Indonésia mostraram-se verdadeiramente preocupados com uma eventual quebra de 50 por cento no setor indonésio dos smartphones, caso o governo aplique um imposto sobre modelos de luxo.

O governo da Indonésia está seriamente a considerar a implementação de um imposto de 20 por cento sobre smartphones que sejam comercializados com preços iguais ou superiores a 430 dólares, o que convertiria a Indonésia no país asiático mais caro para comprar um iPhone 5s da Apple.

O imposto seria uma medida de proteção das marcas nacionais, como a Evercross Mobile Phone e a MITO Mobile, e de diminuição das importações que causaram já um défice na economia do país.

A taxa será discutida muito provavelmente depois de, em outubro, assomar ao poder um novo governo.

“O objetivo é amenizar o fluxo interno de produtos de importação, visto que as fabricantes nacionais apenas produzem dispositivos de baixos preços”, afirmou Budi Darmadi, diretor-geral no Ministério da Indústria e do Comércio.

A Associação de Telemóveis indonésia declarou que a aplicação do imposto seria deveras nefasto para a indústria doméstica dos smartphones, que, segundo a IDC, gera anualmente 1,4 mil milhões de dólares.

“Se o governo implementar o imposto sobre smartphones…vão aumentar as vendas ilegais de dispositivos no mercado negro e boicotar as vendas legais de telemóveis em 50 por cento devido às diferenças de preços”, afirmou Hasan Aula, presidente da Associação.

Lee Kang Hyun, vice-presidente da divisão indonésia da Samsung Electronics, asseverou que o imposto forçaria os investidores estrangeiros a repensarem as suas estratégias de investimento no país.

Toda a incerteza que revolve em torno desta polémica tarifa poderá atrasar a construção de uma fábrica local da fabricante de componentes para dispositivos móveis de Taiwan, Hon Hai Precision Industry.

A fabricante doméstica Aires Indo Global, no entanto, disse que o imposto poderá fomentar a produção de cinco milhões de telemóveis da Evercross no decorrer dos próximos anos, tendo em conta que este ano foram somente produzidos um milhão, de acordo com Edward Sofinanda, diretor da Aires.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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