Mercado de smartphones, PC e tablets vai estagnar em 2016

O relatório da consultora debruça-se sobre a categoria “dispositivos”, que inclui smartphones, tablets, PCs e portáteis ultra-móveis; estes quatro segmentos vão atingir um total de 2,4 mil milhões de unidades, sendo que o montante gasto pelos consumidores vai mesmo cair 1,6%.

No segmento dos smartphones, a subida será de 7%, para 1,5 mil milhões de unidades, sendo a primeira vez que este mercado cresce apenas a um dígito. O analista Ranjit Atwal explica que a era do crescimento a dois dígitos terminou: “Historicamente, a deterioração das condições económicas tiveram um impacto residual nas vendas de smartphones, mas isso acabou”, indica. “As vendas de smartphones na China e na América do Norte vão estagnar em 2016, com crescimentos de 0,7% e 0,4%, respetivamente.”

Os mercados emergentes, que tinham em grande parte impulsionado o crescimento nos últimos anos, já começaram a abrandar. A Gartner prevê que 150 milhões de utilizadores na região Ásia-Pacífico adiem a decisão de upgrade do seu smartphone até que a combinação funcionalidades-preço nos modelos low-cost se torne mais atrativa. A analista Annette Zimmermann explicita que os preços não declinaram o suficiente para justificar upgrades de telemóveis tradicionais para smartphones de entrada de gama.

A boa notícia vem do mercado indiano, onde as vendas vão crescer 29% em 2016 e a dois dígitos nos próximos dois anos.

Já nos mercados maduros, os utilizadores vão optar pela extensão da vida útil dos seus telemóveis.

Mercado de PC continua no fundo

As vendas totais de computadores vão cair 1,5% este ano, para 284 milhões de unidades, com os PC tradicionais a tombarem 6,7%. “Em 2016, o mercado de PC vai chegar ao último ano de declínio antes de regressar ao crescimento em 2017”, prevê Ranjit Atwal. “O maior desafio, e potencial benefício para o mercado de PC, é a integração do Windows 10 com a arquitetura Skylake da Intel. Tem o potencial de gerar um novo formato com funcionalidades mais atrativas.”

A procura por dispositivos ultra-móveis vai continuar a enfraquecer, com um declínio de 3,4%.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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