Solução para a queda da IBM pode estar na cloud [atualizado]

O período de abril a junho foi o 13º consecutivo de receitas em declínio para a International Business Machines. Os negócios de serviços e software não têm gerado os lucros pretendidos, mas as perdas tem sido atenuadas pela redução de custos administrativos e de investigação aplicada pela CEO Ginni Rometty.

Os analistas previam, em média, lucros de 3,78 dólares por ação, excluindo itens extraordinários, mas a IBM alcançou os 3,84 dólares por ação. Estes resultados são uma réplica exata do que sucedeu no segundo trimestre de 2014, altura em que as estimativas dos analistas para os lucros foram ultrapassadas, mas as das receitas não foram correspondidas pela IBM. Neste período, Rometty disse que esperava que até 2015 a empresa conseguisse chegar aos 20 dólares por ação, algo que, como veio a verificar-se, não aconteceu.

Os investidores duvidam ainda da capacidade da IBM para crescer organicamente, como uma empresa vocacionada para o desenvolvimento de tecnologia cloud e de analítica de dados. A trajetória decrescente que a multinacional norte-americana tem percorrido nos últimos anos, faz os acionistas questionarem o futuro da IBM, que saltou do negócio de hardware para os do software e dos serviços sem uma rede de segurança. Apesar das ferramentas de analítica baseadas nas competências do seu supercomputador Watson e dos investimentos que tem feito ao nível do seu portfólio de soluções cloud, a IBM não tem conseguido amortecer a queda das receitas.

Mas a empresa olha para a tecnologia de computação cloud como a solução, e, no passado mês de junho, revelou que procurava alavancar o potencial da sua subsidiária SoftLayer, a fim de competir com rivais como a Amazon, a Microsoft ou a Google no mercado dos serviços.

Espera-se que, já em 2016, este investimento permita à IBM desenvolver novas soluções que acrescentem um maior valor aos ativos alojados na sua plataforma cloud.

Questionada pela B!T acerca da prestação da sua subsidiária portuguesa no setor da cloud e se este negócio tem conseguido aplacar as perdas sofridas noutros ramos menos rentáveis, a IBM disse que não segmenta os seus resultados por mercado.

Filipe Pimentel

Formado em Ciências da Comunicação, tem especial interesse pelas áreas das Letras, do Cinema, das Relações Internacionais e da Cibersegurança. É incondicionalmente apaixonado por Fantasia e Ficção Científica e adora perder-se em mistérios policiais.

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