Sony lança nova empresa para o negócio PlayStation

A Sony Interactive Entertainment (SIE) uma nova entidade, estará em operações a partir de 1 de abril. Vai juntar todas unidades de negócio pertencentes às duas empresas, incluindo hardware, software, conteúdos e operações de serviços de rede. A sede da empresa será em San Mateo, Califórnia, com unidades importantes em Londres e Tóquio.

Esta reestruturação afeta sobretudo a marca PlayStation, e chega numa altura em que a Sony se prepara para lançar os primeiros óculos de realidade virtual, PlayStation VR. Andrew House, presidente da Sony CE, sublinha que a integração do hardware, software, conteúdos e operações da PlayStation tem o “objetivo claro” de acelerar o crescimento do negócio da consola. “Em conjunto com os nossos parceiros, a SIE vai desenvolver serviços pioneiros e produtos que irão continuar a inspirar a imaginação dos consumidores”, acrescenta o executivo.

A SCE foi criada em 1993 precisamente para o lançamento da PlayStation original, que aconteceu no final do ano seguinte no Japão. Já a outra divisão, SNEI, tem apenas seis anos. Foi estabelecida para gerir as operações da PlayStation Network, da loja de jogos, dos serviços de subscrição PS Plus, e vários outros serviços relacionados (por exemplo, música e vídeo).

“Através da formação da SIE, as empresas combinam recursos nos negócios de hardware, software, conteúdos e operações, posicionando melhor a empresa no ambiente de concorrência, expansão continuada e liderança em várias áreas”, diz o comunicado da fusão.

Andrew House fica como CEO, Kazuo Miura e John Kodera como presidentes e Kazuo Hirai e Kenichiro Yoshida como parte do conselho de administração.

No início de janeiro, durante a CES 2016, a Sony revelou que tinha ultrapassado o marco de 35 milhões de consolas PlayStation 4 desde o seu lançamento, no final de 2013. Só no último Natal, as vendas foram de 5,7 milhões, o que mostra que esta versão se poderá tornar na consola na mais vendida de sempre da marca, destronando a PS2.

A próxima fronteira é a realidade virtual, e a concorrência será tremenda: os Oculus Rift chegarão nas próximas semanas com grande suporte da comunidade de jogadores e programadores, o Vive da HTC também está a chegar e há outras marcas que podem entrar (leia-se Google e Apple). A reestruturação do negócio PlayStation mostra que a Sony está empenhada em não perder este barco.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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