Subsidiária da Alibaba lança banco online e index de ações

A Ant Financial anunciou a criação de um banco online, previsto para junho, ao mesmo tempo que lança um index de ações que pretende cruzar os dados obtidos pelas múltiplas plataformas digitais do grupo Alibaba. A gigante chinesa dá, assim, mais um passo no sentido de expandir o seu nível de influência no mercado.

A Alibaba quer mudar, definitivamente, o universo financeiro, na China, e o caminho para concretizar o seu plano passa pela Ant Financial, a subsidiária dedicada ao setor. Através desta empresa chegam duas novidades que deverão contribuir para o crescimento do grupo graças à conquista gradual de ramos que, até recentemente, pareciam distantes.

Para junho está previsto o lançamento de um banco online, o MYbank, que irá concorrer diretamente com o WeBank da Tencent. O projeto foi aprovado, no último ano, e confirmado, agora, em entrevista à agência Reuters.

Yuan Leiming, diretor da divisão financeira da Ant Financial, contou que a empresa deterá 30 por cento do MYbank e a restante participação será repartida entre três outras empresas, sendo que a subsidiária da Alibaba será a principal proprietária.

Se para usufruir do banco online, os cidadãos chineses terão de esperar alguns meses, por outro lado, as empresas nacionais ganham, de imediato, uma nova ferramenta. O CSI Taojin 100 Index é o recém-lançado índice de ações, também da Ant Financial, que englobará as principais empresas de dezenas de indústrias diferentes.

Os critérios de medição de desempenho deste index estão relacionados com componentes de e-commerce como volume de vendas, preços e níveis de procura ou satisfação dos clientes. Para obter estas informações, o índice recorrerá, naturalmente, aos dados recolhidos pelas múltiplas plataformas de comércio online detidas pelo Grupo Alibaba.

As duas apostas da Ant Financial terão impacto direto nos resultados da Alibaba que, apesar de não ser proprietária da Ant, é responsável totalmente pela sua gestão e controlo. O sucesso de ambas as iniciativas poderão resultar na criação de uma plataforma financeira digital com alcance suficiente para modificar o modo como os cidadãos e as empresas, especialmente as de menor dimensão, lidam com as operações mais elementares do setor.

Filipa Almeida

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