Tablets: fim à vista ou crise temporária?

A IDC lançou hoje o seu relatório sobre o mercado de tablets no segundo trimestre, o qual profetiza o atrofio do crescimento das remessas destes dispositivos móveis, tendo os analistas avançado um anorético crescimento de 11 por cento para este período, que se afasta bastante dos 52 por cento registados há somente um ano.

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A análise da consultora de mercado norte-americana mostrou que a Apple instalou-se confortavelmente no primeiro lugar da lista do maiores vendedores de tablets, com 13,3 milhões de unidades.

Já a maior concorrente da tecnológica de Tim Cook, a sul-coreana Samsung, conseguiu equilibrar-se no segundo lugar do pódio, mesmo depois de ter perdido 17,2 por cento da quota no mercado de tablets.

A chinesa Lenovo, por seu lado, atingiu resultados positivos do primeiro para o segundo trimestre, eclipsando a ASUS e conquistando o terceiro lugar no mercado de tablets com 2,4 milhões de unidades.

O quarto e quinto lugares da lista foram ocupados, respetivamente, pela ASUS, com uma quota de 4,6 por cento, e pela Acer, com uma porção de dois por cento do mercado dos tablets.

Ao que parece, os ecrãs dos smartphones e o mercado dos tablets crescem em proporção inversa. De acordo com o diretor de consultoria do mercado de tablets da IDC, Jean Philippe Bouchard, o setor dos tablets não conseguiu ainda arranjar forma de escudar-se do impacto do crescimento dos ecrãs dos smartphones.

No entanto, os tablets poderão encontrar a sua salvação no setor empresarial, visto que, segundo Bouchard, a parceria que a Apple e a IBM estabeleceram na passada semana potenciará a utilização de tablets em contexto enterprise, com ofertas direcionadas que visarão ir ao encontro das necessidades particulares do ramo.