Taiwan “iliba” fabricantes de smartphones

O governo de Taiwan afirmou hoje que uma dúzia de fabricantes de smartphones, entre os quais estava a Xiaomi, não violam a legislação vigente de proteção de dados pessoais. No início do mês de dezembro, a Comissão Nacional de Comunicações de Taiwan revelara que as empresas em causa estavam sob investigação, ameaçando com coimas, e mesmo com a proibição das vendas de dispositivos, as fabricantes que se verificassem em incumprimento da lei.

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A autoridade reguladora do governo da Formosa (designação portuguesa para a ilha de Taiwan) avançou que os dispositivos desenvolvidos pela chinesa Huawei Technologies, pela ZTE, pela Apple, pela Samsung, pela LG e pela Sony não infringem qualquer lei associada à proteção da privacidade dos utilizadores.

Nos primeiros dias de dezembro, a Comissão Nacional de Comunicações publicamente lançara suspeitas sobre doze fabricantes de smartphones, e o seu vice-presidente, Hsiao-Cheng Yu, afirmara, sem desvendar os nomes das empresas sob a lente do microscópio do governo de Taiwan, que algumas das fabricantes estariam a recolher ilegitimamente dados dos utilizadores dos seus dispositivos.

A Apple, a Samsung e a HTC viram, no terceiro trimestre, os seus smartphones ocuparem lugares entre os cinco mais vendidos no mercado de Taiwan, de acordo com a IDC, sendo que a Xiaomi, não figurando neste Top 5, disse que estaria entre os 12 dispositivos mais populares na região.

Depois de ter colocado sob o foco da ribalta as fabricantes de smartphones, a Comissão, segundo consta, apercebeu-se que as suas suspeitas assentavam sobre bases arenosas, pelo que, como veio a evidenciar-se ao fim de escassas semanas, acabou por absolver os “réus”.