O fato é que o MWC é muito mais que apresentação de produtos, é acima de tudo uma feira de negócios em que as empresas aproveitam para redefinir estratégias e discutir o futuro. No primeiro dia, a grande discussão em cima da mesa foi a regulação 5G, onde, essencialmente, se procurou definir parâmetros para cada região do mundo. Efetivaram-se, ainda, compromissos através de acordos com os maiores operadores mundiais e as empresas de desenvolvimento, cujos testes deverão começar já em 2016. Estes compromissos, em alguns casos, definiram objetivos que levam a iniciativas de pré-estandardização, nomeadamente o 5GEx, METIS II e 5G para a Europa.
Ainda dentro da regulamentação, discutiu-se no 4YFN, o evento paralelo mas integrado no MWC que foi criado para promover e debater as temáticas ligadas às Start Ups e novos formatos de negocio, o fato de a regulação por parte dos governos e, por vezes, de algumas cidades demorarem a surgir quando novos negócios se começam a implementar. São bem conhecidos os casos AirBnB e Uber que tem problemas em algumas regiões do mundo. Este tipo de negocio, já chamado de economia colaborativa, começa a estar em todas as áreas do comércio e leva a que os comerciantes fiquem assustados e sintam que o seu negocio esta a ser colocado em causa. Existe um trabalho gigante para fazer nesta área e pareceu-nos que a vontade e o esforço existem, vamos ver como corre na prática com adoção de novas abordagens.
Neste primeiro dia também se falou muito de “Digitalização” e de que, no decorrer deste ano, todas as industrias serão tocadas pelo fenómeno da disrupção. Mas veremos, ainda falta algum trabalho e as empresas ainda não estão seguras de qual o melhor caminho. Não importa pensar que o mundo avança para coisas fantásticas e pode ser conduzido na palma da nossa mão, se não convencermos os empresários que este é mesmo a melhor opção. Tal como na adoção de “Cloud” e “Analitics”, as empresas colocam reticências à pressa do mercado em vender soluções, sem olhar para as expressividades concretas dos seus negócios.
No final das contas, todos sabemos que é inevitável a digitalização das empresas, a adoção de novas soluções para sobreviver ao futuro, mas ainda vamos a meio do processo ainda falta outro tanto.
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