Utilizadores da Internet da China aumentaram em 2014

O número de utilizadores chineses da Internet aumentou em 31 milhões em 2014, de acordo com um relatório do Centro de Informação de Rede de Internet da China (CNNIC). O documento governamental aponta que no final do ano passado contavam-se 649 milhões de utilizadores online no país, com uma subida do número de acessos móveis.

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Apesar do crescimento do volume de utilizadores de Internet na China ter diminuído face a 2013, o CNNIC adiantou que o número de utilizadores de serviços de Internet móvel aumentou em 57 milhões. Assim, no fim de 2014, registavam-se na China 649 milhões de utilizadores da Internet, dos quais 557 milhões utilizavam dispositivos móveis para aceder à Grande Rede.

Estes valores podem ser explicados pelo contínuo reforço do setor mobile da China, que alberga já o maior mercado de smartphones do mundo.

Este crescendo da mobilidade tem sido fortemente aproveitado por empresas nativas como a Alibaba e a homóloga JD.com, a Tencent, a Baidu e a Xiaomi.

A percentagem de penetração da Internet na China é de 47,9 por cento, de acordo com a CNNIC, com as zonas rurais a representar somente pouco mais do que um quarto deste valor. Em comparação, a penetração da Internet nos Estados Unidos era de 74,4 por cento, de acordo com dados de 2013 do United States Census Bureau.

No último ano, avançou a Reuters, registou-se um aumento de 20 por cento do número de compradores online, face a 2013. A base de utilizadores dos serviços de pagamento online disponibilizados pela Alibaba e pela Tencent cresceu17 por cento.

Apesar de ser o maior mercado de smartphones do mundo, a China registou, em 2014, vendas de 389 milhões de telemóveis inteligentes, uma queda considerável face aos 423 milhões vendidos no ano anterior, segundo o Ministério da Indústria e das Tecnologias de Informação.

A China detém o maior sistema de censura digital de todo o mundo, a “Grande Firewall”. Mantendo-se fiel à sua política protecionista, o governo de Pequim tem procurado limitar a expansão de empresas tecnológicas estrangeiras na República Popular, justificando-se com premissas de defesa das empresas nacionais.