Vendas de smartphones travam crescimento em 2016

As remessas de smartphones vão atingir os 1,45 mil milhões de unidades em 2016, uma travagem a fundo da taxa de crescimento. De acordo com a IDC, a subida será de apenas 0,6%, significativamente inferior ao crescimento de 10,4% em 2015.

Embora o mercado se mantenha positivo, esse é um abrandamento forte. Ainda assim, a IDC sublinha que os smartphones 4G serão a estrela do ano: as vendas irão crescer 21,3%, atingindo 1,17 mil milhões de unidades – contra 967 milhões em 2015.

Muito deste crescimento virá dos mercados emergentes: Ásia-Pacífico excluindo Japão, América Latina, Europa Central e de Leste, Oriente Médio e África. Aqui, apenas 61% dos smartphones vendidos em 2015 eram compatíveis com 4G; este ano, as previsões apontam para 77%.

Os mercados maduros (EUA, Canadá, Japão e Europe Ocidental) já estão mais avançados, com 94% em 2016.

“Tem sido uma longa caminhada para a adoção em muitos mercados emergentes, dado que as tarifas 4G sempre foram caras quando comparadas com as de 3G, enquanto os smartphones 4G também têm sido relativamente caros”, diz Melissa Chau, diretora de pesquisa do programa Worldwide Quarterly Mobile Device Trackers.

“Estamos a ver esta mudança rapidamente em mercados de crescimento chave, como a Índia”, adianta a especialista.

O 4G será também usado como um ponto de venda para telemóveis básicos (feature phones).

“À medida que nos aproximamos da época natalícia, o marketing relativo a smartphones está a subir significativamente em quase todas as regiões”, adianta o vice-presidente do programa da IDC, Ryan Reith.

O especialista sublinha que a Google está a esforçar-se bastante na promoção dos smartphones Pixel e Pixel XL, mas os dados de remessas não apontam para disrupções na quota de mercado da Samsung e da Apple. “É claro que em 2017 isso pode mudar, mas muitos olhos estarão postos na Google para ver se eles estão seriamente a investir no hardware.”

Quotas de mercado

O Android continua a liderar, com 85% no final de 2016; o iOS segue atrás, com 14,3% e o Windows Phone em terceiro com 0,4%.