Vodafone implementa a primeira agregação FDD/TDD em Portugal

A Vodafone será o primeiro operador a implementar a agregação de portadoras LTE FDD e TDD na sua rede em Portugal. O operador desenvolveu o projeto em colaboração com a Ericsson e a Qualcomm Technologies.

A oferta simultânea de FDD e TDD vai permitir à Vodafone tirar partido das melhores características das duas redes, seguindo assim o exemplo de operadores como o 3 Sweden, na Suécia e a Aero 2, na Polónia.

Ao integrar a tecnologia TDD (Time Division Duplex) na rede FDD (Frequency Division Duplex), já instalada, a capacidade total de downlink de dados é substancialmente potenciada e os subscritores têm acesso a uma melhor experiência de banda larga móvel. Além disto, a agregação das duas portadoras expande a cobertura de apps do layer TDD em até 230 por cento.

Esta convergência entre os dois modos de LTE é uma novidade em Portugal. Atualmente, todos os operadores usam o modo FDD, que requer bandas emparelhadas – uma para o downlink e outra para o uplink. Apenas a Vodafone adquiriu o espetro adicional TDD, que utiliza uma única banda de frequência para a transmissão e receção de operações.

Per Narvinger, responsável da área de LTE na Ericsson, refere que “a combinação do TDD com o espectro FDD de baixa frequência vai melhorar a área de cobertura de alta frequência TDD. Além disto, o espectro TDD vai melhorar significativamente a taxa de transferência global de downlink. Com a disponibilidade global do espectro TDD, encaramos a agregação de portadoras FDD/TDD como uma tecnologia-chave para os nossos clientes em todo o mundo melhorarem ainda mais a experiência do utilizador”.

A Vodafone está a fazer uma implementação experimental na sua rede comercial portuguesa, na qual utiliza 15 MHz de banda 3 (FDD 1800) e 20 MHz de banda 38 (TDD 2600). Os testes são suportados por um processador Qualcomm Snapdragon TM 810 com X10 LTE em funcionamento num dispositivo móvel.

A utilização de tecnologia convergente entre redes comerciais é já uma tendência global. E, dado que se prevê um crescimento de quase dez vezes do tráfego móvel até 2020, a expetativa é que a maioria dos operadores passe a utilizar os modos FDD e TDD em simultâneo.