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Wall Street “aprova” compra do WhatsApp pelo Facebook

A compra pelo Facebook do serviço de mensagem instantânea de rápido crescimento WhatsApp por 19 mil milhões de dólares surpreendeu os mercados, mas os analistas dizem que o negócio tem sentido estratégico e que irá solidificar a posição da rede social como líder em dispositivos móveis, garante a Reuters.

As ações do Facebook caíram cerca de três por cento no início dos negócios nesta quinta-feira, perdendo 5,2 mil milhões de dólares de valor de mercado. Às 13h16 de ontem, o papel caía 2,3 por cento.

Pelo menos duas corretoras reduziram as suas recomendações para a ação do Facebook, para “manutenção”, mas a maioria esmagadora de analistas permanecem otimistas com o papel.

O Facebook irá pagar mais que o dobro da sua receita anual pelo programa de mensagens que tem pouca receita.

Mas analistas destacaram que o WhatsApp tem atualmente cerca de 450 milhões de utilizadores. “O Facebook é o líder global em partilha social. Agora, tem a significativa oportunidade de se tornar líder global em comunicações”, disse o RBC Capital Markets, em relatório.

Analistas disseram que o preço pelo WhatsApp, fundado em 2009 pelos antigos funcionários da Yahoo Jan Koum e Brian Acton, parece razoável do ponto de vista de valor por utilizador.

O WhatsApp é muito mais forte que o Facebook Messenger na Europa, na América Latina, na África e na Austrália, e atraiu muitos jovens num momento em que crescem os temores de que estes estejam saindo do Facebook.

O Facebook irá pagar o equivalente a 42 dólares por utilizador, comparado com um valor de mercado de 170 dólares por utilizadores do Facebook, e 212 dólares no caso do Twitter, disse Ross Sandler, do Deutsche Bank, em nota.

Os volume de 450 milhões de utilizadores do WhatsApp está bem abaixo do total de 1,2 mil milhões do Facebook, mas os utilizadores do primeiro são mais ativos. Em qualquer dia, 70 por cento deles estão ativos, comparado com 62 por cento no Facebook.

Dos 44 analistas que cobrem a rede social, 37 têm recomendação de “compra” para a ação, segundo dados da Thomson Reuters. Nenhum recomenda “venda”.

Alguns analistas, porém, disseram que o Facebook estava a pagar um preço alto para impedir que um rival comprasse o WhatsApp.

Brian Wieser, da Pivotal Research, que reduziu a recomendação de compra para “manter”, disse esperar que as ações do Facebook fiquem pressionadas no curto prazo, conforme os investidores conheçam os termos e risco de futuras aquisições.

Susana Marvão

Jornalista especializada em TIC desde 2000, é fã incondicional de todo o tipo de super-heróis e da saga Star Wars. É apaixonada pelo impacto que as tecnologias têm nas empresas.

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