Estudo: Facebook contribui 227 mil milhões para a economia global

O Facebook gerou 4,5 milhões de empregos em todo o mundo e contribuiu em cerca de 227 mil milhões de dólares para a economia global. Os dados avançados pelo estudo da Deloitte revelam o impacto que a rede social teve em 2014.

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Através da disponibilização de ferramentas para marketeers, da abertura da sua plataforma a programadores de aplicações e do reforço das suas capacidades de conexão, o Facebook teve um maior impacto na economia norte-americana, tendo sido responsável por 104 mil milhões de dólares da atividade económica da região. Ainda, na América do Norte (Estados Unidos e Canadá), a maior rede social do mundo criou 1,2 mil milhões de novos empregos.

Apesar de na região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) o Facebook ter tido somente um impacto económico de 67 mil milhões de dólares, o número de empregos criados assomou aos 1,5 milhões, superando o subcontinente norte-americano.

Já na Ásia-Pacífico, a rede social conseguiu criar 1,3 milhões de empregos e beneficiou a economia regional em 35 mil milhões de dólares.

Por fim, as Américas Central e Sul foram a região onde o reflexo do Facebook foi menos significativo. Nesta área, foram gerados 600 mil novos empregos e 21 mil milhões de dólares graças às capacidades da rede do jovem magnata Zuckerberg.

A maior parte da força do Facebook, neste âmbito, adveio das suas ferramentas de marketing, que muniram os executivos das armas necessárias para potenciarem o crescimento dos seus negócios nestas regiões.

Fale-se, agora, de conectividade. Dado o crescente mercado da Mobilidade e a necessidade de uma maior largura de banda para suportar o tráfego de um cada vez maior volume de dados, o Facebook tem vindo a otimizar as suas capacidades de conexão. Operando sob o mote “Internet para todos”, Mark Zuckerberg tem procurado levar o acesso a serviços online aos quatro cantos da Terra, nomeadamente através da organização Internet.org.

Aliando-se a fornecedores de telecomunicações, o Facebook tem democratizado o acesso à Grande Rede, aproveitando a hegemonia dos dispositivos e serviços móveis.

Estes esforços ao nível da conectividade foram mais fortemente sentidos nas regiões norte-americana e EMEA, que estão também em pé de igualdade no que diz respeito ao impacto da abertura da plataforma do Facebook a developers de aplicações, cujos esforços têm, indubitavelmente, incidido com maior enfoque sobre a esfera mobile.

A economia mais marcada pelos efeitos do Facebook foi, sem dúvida, a dos Estado Unidos, onde o impacto da rede social chegou aos cem mil milhões de dólares e onde foram criados 1,1 mil milhões de novos empregos.

Por outro lado, foi o Japão o país menos economicamente afetado pelas operações do Facebook. Na nação nipónica, apenas foram gerados três mil milhões de dólares e foi criado o menor número de postos laborais (34 mil).

Já na Europa, o Reino Unido foi o país que viu a sua economia usufruir da maior alavancagem financeira (onze mil milhões de dólares) e beneficiar da abertura de 154 mil novos empregos.

No terceiro trimestre de 2014, o Facebook registou uma média de 864 milhões de utilizadores diários, sendo que 703 milhões acediam à rede através de um dispositivo móvel. É, assim, evidenciado o poder do braço mobile do universo digital, pelo que o Facebook tem incitado fortemente o desenvolvimento da mais vasta família de aplicações e serviços, desde pagamentos através de dispositivos móveis a ferramentas de apoio a negócios.

Parece, então, que o Facebook deixou de ser uma mera rede social, atuando agora como combustível do crescimento económico, seja pela potenciação dos negócios regionais (através dos mais variados programas e serviços), seja pela criação de empregos na área tecnológica.

No entanto, há quem considere que o Facebook não é responsável pelo crescimento económico, mas sim o efeito deste.

Um economista da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, Roger Noll, afirmou, ao Wall Street Journal, que os resultados avançados pela Deloitte assentam em variáveis dúbias, como a contagem de “Likes”. Noll chega mesmo a caracterizar o estudo como inconsequente e a dizer que o Facebook é um reflexo do aumento do acesso à Internet, e não uma causa.

A diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, contradiz o economista, alegando que a rede social é responsável pelo aumento do acesso a serviços online.

Também Tyler Cowen, professor de economia na Universidade George Mason, apesar de reconhecer que o Facebook impacta a economia global, defende que a rede social não é, só por si, o motor do crescimento económico nem da Internet. O Facebook é uma consequência da difusão dos serviços online, e não o contrário.

O Facebook é uma das forças mais temíveis do universo online. Desenvolvendo múltiplas ferramentas, promove o crescimento dos negócios e das empresas, o que, consequentemente, fomenta o crescimento do setor online. Não obstante, o Facebook não é, sozinho, o condutor da locomotiva digital, visto que sendo apenas um dos fios da teia que é a Internet, não tem ele próprio capacidade para reconfigurar algo que o supera.