Analítica e BI perdem terreno na prioridade de investimento

São conclusões do estudo internacional da CIONET “Key European IT Management Trends 2016“, realizado com 2650 responsáveis de 579 organizações em 26 países europeus, incluindo Portugal. No segmento sobre a direção dos investimentos em tecnologia, a analítica e BI voltam a aparecer no topo, como acontece há sete anos, mas a queda este ano é significativa.

Na segunda posição aparecem os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning), que têm vindo a manter o seu nível de importância ao longo dos últimos cinco anos enquanto veículos de redução de custos e otimização de processos. Esta área saltou de 5º para 2º entre 2014 e 2015.

O top três fecha com o desenvolvimento aplicacional e de software, seguindo a tendência dos últimos quatro anos e apresentando “um ligeiro aumento.” Neste caso houve uma descida, de 2ª para 3º. De notar que, no caso da analítica e BI, os CIO consideram a área uma prioridade desde 2009, sendo que estava em segundo entre 2006 e 2008. 

Uma curiosidade é que a analítica está em número um na Europa, EUA e Latam, mas em 2º na África e 8º na Ásia.

Outra parte do estudo dedica-se às maiores preocupações de gestão de tecnologias. No topo está o alinhamento entre as TI e o negócio, algo que acontece desde 2014. A Cionet espera que continue a ser uma das principais preocupações das organizações nos próximos anos, já que  continuará a ser encarado como um potenciador de eficiência e produtividade do negócio.

A segunda maior preocupação é com a agilidade do negócio e a velocidade de abordagem ao mercado – questões essenciais para o crescimento do negócio através de vantagens competitivas.

Em terceiro está a produtividade de negócio e redução de custos. “Há um consenso geral quanto ao papel das TI na redução de custos, apesar de em muitas organizações ainda serem consideradas um custo”, diz a Cionet. 

A outra parte do estudo debruça-se sobre a forma como os CIO aplicam o seu tempo. Os resultados apresentaram um elevado nível de dispersão por várias atividades, de entre as quais a Cionet destaca as duas atividades que mais tempo ocupam aos CIO, a nível europeu – Operações de TI e relação com o o LoB (Line of Business). As que menos tempo ocupam aos CIO são as relaões com fornecedores, atividades estratégicas e desenvolvimento de software/aplicacional.

É ainda interessante constatar que o c-level com que o CIO mais se relaciona é com o COO – diretor de operações, seguido pelo diretor financeiro e pelo CEO. O diretor de marketing é aquele com que o CIO menos se relaciona.

As conclusões detalhadas deste estudo da Cionet podem ser consultadas aqui.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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