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Cloud Computing e a promessa de foco no “core business”

O Cloud Computing, ou computação em nuvem, já faz parte do dia-a-dia das empresas. Pelo menos é o que, nos últimos anos, as consultoras nos têm vindo a fazer crer. E parece ser verdade. Segundo um estudo da IDC, mais de um terço das organizações nacionais já adotou serviços de Cloud Computing, um movimento que “vai acelerar nos próximos anos”. Segundo o mesmo estudo, a despesa nestes serviços vai ultrapassar os 184,2 milhões de euros, o que equivale a uns significativos 6% da despesa total de TI no território nacional.

 Vários foram e continuam a ser os motivos pelos quais a computação em nuvem tem vindo a ganhar palco. Em 2013, por exemplo, pela primeira vez a venda de smartphones superou a venda dos telemóveis. As aplicações para os smartphones dependem de uma infraestrutura flexível e aberta à Internet, ideal para a cloud. Aqui, o mobile e a cloud acabaram simplesmente por se fundir.

Tal como a IDC, outras consultoras apostaram na nuvem como “protagonistas” de 2013. A Forrester lançou um conjunto de previsões para o ano em relação ao Cloud Computing e, no mês passado, foi a vez de a Gartner incluir a computação em nuvem na lista das principais previsões para as empresas e utilizadores de tecnologia em 2014 e nos anos seguintes.

Os developers começam a entender, também, que desenvolver para Cloud Computing não é diferente que desenvolver para um ambiente tradicional, não existindo nenhuma linguagem diferente para a nuvem. Aquilo que muda é um desenvolvimento orientado para serviços e configurações para maior disponibilidade e redundância das aplicações.

O estudo Cloud for Business Managers revelou que 54% das equipas dos inquiridos tinham experimentado períodos de inatividade devido a problemas decorrentes da integração na Cloud e 75% declarou que a sua capacidade de inovação foi afetada pela fraca integração das suas aplicações na nuvem, o que contribuiu, também, para isolar as aplicações das restantes funções das organizações.

Esta realidade, a par do potencial do Big Data, traz um conjunto de ferramentas que potenciam a presença da cloud em cada mercado, até porque, apregoa a indústria, a adesão aos serviços cloud permite mobilidade, maior autonomia e uma clara redução de custos. O poder da cloud está na capacidade de decidirmos onde queremos armazenar cada aplicação e que ferramentas queremos para as gerir, libertando massa crítica para o “core business”. Ou seja, deixando a implementação das nossas aplicações para quem se desdobra diariamente num esforço de melhorar as performances dos vários mercados. Resumindo: cada macaco no seu galho!

João Miguel Mesquita

Desde 1998 que está diretamente ligado às TI. Tendo desenvolvido a sua atividade profissional em projetos como Portugalmail, IOL (Grupo Media Capital), Terravista (Grupo T -Deutsche Telekom) , e Jornal Digital do Norte. Estudou Direito na Universidade Autónoma de Lisboa. É Diretor Editorial do Grupo Netmediaeurope/America para o Brasil e Portugal. Gestor de projetos e-business, e editor. É um entusiasta do impacto das TI nas industrias criativas.

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