* em Gotemburgo
A transformação digital é apontada como a próxima grande “coisa”. Uma tradução algo ingrata para os portugueses já que “the next big thing” tem efetivamente muito mais charme. Mas, traduções à parte, a tal da transformação digital anda na boca de toda a gente. De todos os players.
E pode assumir várias formas. Uma das componentes que agora a IFS por exemplo está a explorar, nomeadamente na sua Conferência Mundial que está a decorrer em Gotemburgo, é a integração do IoT nesse processo de transformação digital. Uma transformação que claramente pode ajudar, ou tem de ajudar, em três áreas que se podem tornar em oportunidades.
A primeira é fazer o que atualmente já se faz, mas melhor, disse na sessão de hoje Dan Matthews, Chief Technological Officer da IFS.
Depois, ser mais preciso. As empresas necessitam urgentemente de serem mais transparentes com os clientes, com o que se está a passar. Depois, que essa transformação se materialize em melhores produtos ou serviços.
Basicamente, diz o CTO, essa transformação tem de assentar em uma mágica palavra: mudar. O que, todos sabemos, está longe de ser fácil, seja pelos entraves culturais seja pela necessidade de habituação a novos hábitos e processos.
Depois, há que ganhar agilidade. Os negócios não podem mais pensar em não serem ágeis e conectados. Aos colaboradores, aos parceiros, às soluções e, agora e cada vez mais, às coisas. A tudo o que é bem e ativo da organização. “Também temos de pensar que as empresas se querem cada vez mais inteligentes e, por isso, têm de dispor de dados mais corretos para atingir os objetivos estratégicos”.
E, aqui, Dave Matthews garante que o IFS Applications 9 e o IFS IoT Business Connector, lançado ontem, podem marcar toda a diferença.
O modelo de referência para o IoT industrial da IFS baseia-se em “ligar os equipamentos, bens e comunicações que nos passam a fornecer dar dados em bruto”, explica Dave Matthews.
Mas depois, há que pegar nessa informação, que será claramente em grande quantidade, e descobrir, desses dados, quais os mais relevantes e os que efetivamente têm interesse para o negócio.
Mas falta a terceira e provavelmente mais importante questão que começa a ser referenciada em muitas das conferências a que assistimos. A operacionalização e, mais do que tudo, materialização de todas estas ações, processos sem que os quais nunca será possível rentabilizar o dinheiro investido na IoT.
Ou seja, há que monetizar a IoT senão as empresas acabarão por encontrar aqui um verdadeiro sorvedouro de dinheiro.
Aliás, na apresentação de hoje de manhã, Joacim Damgard, o General Manager da Microsoft Suécia, também fez grande foco nesta questão. É que se é verdade que nos próximos cinco anos vamos ver uma grande diferença na forma como abordaremos os negócios e as relações pessoais, há que concretizar e aplicar, sobretudo na indústria, todas estas alterações.
“Relativamente ao IoT, temos de perceber os ativos e bens da empresa e os dados que daí poderemos extrair. Há que monetizar a IoT senão só vamos gastar dinheiro”.
Joacim Damgard defende a necessidade de pegar em todos os dados e informações extraídos da IoT e transformar em ações práticas. “Muitas vezes, os alertas ficam entre a analítica e quem tem de executar ações. E isso acontece demasiadas vezes…”
Entretanto, a IFS lançou hoje de manhã uma nova versão do IFS Enterprise Operational Intelligence 8.1.
Os novos recursos incluem capacidades para adicionar visualizações personalizadas, integração plug-and-play com o IFS Applications, e integração com o IFS IoT Business Connector, lançado ontem.
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