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Ensaio: Alcatel Idol 4S, qualidade e realidade virtual para todos

Com um design que faz lembrar alguns topos de gama, o Alcatel Idol 4S demonstra ser um telemóvel bem construído.  O ecrã de 5.5 polegadas QHD AMOLED é muito brilhante, com cores vivas e tem boa visibilidade de qualquer ângulo. Quando usado em VR, a qualidade é, igualmente, boa e  até mesmo com a luz do sol, o ecrã consegue ter leitura. É quanto a mim, um dos pontos positivos do equipamento.

A reversibilidade do ecrã é excelente pois nunca usamos mal o telemóvel, ou seja, está sempre do lado correto, como, por exemplo, quando retiramos o telefone do bolso e atendemos uma chamada.

O desempenho e a qualidade da câmara foram uma agradável surpresa. Com 16 megapixéis e abertura f/2.0, a câmara tira boas fotos. A funcionalidade Fuyze que promete fotografias 360º não funciona de forma espetacular e o seu uso não é muito intuito.  A câmara frontal também é bastante boa, principalmente quando usada em selfies, aquela que é considerada a sua utilização primordial.

O Idol 4S tem uma tecla especial, o “Boom Key” patente no lado direito que pode ser programado para fazer uma variedade de coisas, tais como o lançamento de uma aplicação, capturar o ecrã, ou desencadear uma variedade de “efeitos Boom” dentro de algumas apps, como o aumento do volume da música ou exibir uma animação da meteorologia no ecrã principal.  A verdade é que não pareceu de grande utilidade ou um fator quando tomamos a decisão de qual smartphone comprar. 

O som foi também uma área em que o Alcatel me impressionou, pois, a qualidade é bem superior aos topos de gama, como o Samsung S7. Tudo powered by JBL, pois claro! Ainda mais que as colunas emitem som com telemóvel virado para cima ou para baixo, ou seja, o som também é “reversível”. Os auriculares JBL são também uma boa adição ao equipamento e em completa sintonia com o som das colunas.

Desempenho

A nível de performance e muito em virtude do processador Qualcomm Snapdragon 652  (Quad Core 1,8 GHz Cortex-A72 + Quad Core 1,4 GHz Cortex-A53) e dos 3GB de RAM, o Idol 4S é rápido e ágil. Nunca experienciei lentidão, nem a jogar, nem usando o VR ou a filmar. Instalei 6 jogos e cerca de 30 apps e tudo continuou normal até porque os 32 GB de ROM são um espaço já considerável que pode ser aumentado via  cartão microSD até uns bons 512GB.  Outro teste que fiz foi abrir 10 separadores do chrome e funcionou sem problema e sem  atrapalhação. Assim, não posso deixar de considerar que este telefone para as suas especificações tem um excelente desempenho.

Deixo-vos o teste que fiz com o GeekBench 3 que mostra como este smartphone está acima de alguns equipamentos considerados superiores:

              
 

A versão do Android é o Marshmallow  6.0 e não tem grande modificações o que me agrada particularmente como utilizadora.

A bateria Idol 4S é de 3000mAh permitiu-me usar o telemóvel durante 2 dias e meio mesmo com o wifi sempre ligado, tirando fotos, vendo vídeos online no youtube e jogando Candy Crush. Nunca usei um telemóvel desta forma sem ter de o carregar ao fim de 1 dia ou 1 dia e meio, esta foi a primeira vez. Por outro lado, o carregamento rápido dá imenso jeito quando apenas temos alguns minutos para ligar o telefone à corrente.

 Realidade Virtual 

A Realidade Virtual é uma mais-valia do dispositivo e é bastante fácil de utilizar. A própria caixa do Idol 4 S é feita, em parte, com os óculos. A verdade é que os óculos não são topo de gama mas também não é essa intenção da Alcatel, que quer sim “democratizar” a VR. E verdade seja dita, isso foi obtido. Foi um sucesso junto de todas as pessoas a quem mostrei o equipamento e cria um entusiasmo que raramente vejo quando mostro qualquer smartphone que esteja a experimentar.

O único ponto negativo que tenho a apontar é o sobreaquecimento durante a utilização em modo RV e quando se joga. Este é sem dúvida uma área a melhorar.

Em jeito de conclusão, só reafirmar o que descrevi, o Alcatel Idol 4S é um excelente telemóvel e feito para uma grande margem de utilizadores até mesmo alguns mais exigentes. A fabricante tem muitos motivos para estar orgulhosa do equipamento que conseguiu lançar para o mercado por menos de 450 euros.

Mafalda Freire

Colaboradora da B!T, escreve sobre TI e faz ensaios. Esteve ligada à área de e-commerce durante vários anos e é fã de tecnologia, do Star Wars e de automóveis.

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