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Ex-executivo da Motorola será novo CEO da Nest

Este executivo tem a missão (difícil) de substituir o quase lendário Tony Fadell, que criou a Nest em 2011 e mais tarde vendeu a empresa à Google – agora Alphabet – permanecendo como CEO da unidade. Entretanto, a empresa evoluiu dos termostatos inteligentes para mais produtos ligados à “casa conectada” e à Internet das Coisas e um ecossistema à sua volta.

Num texto publicado no blogue corporativo da Nest, Fadell fez um trocadilho com o nome da empresa e disse que chegara a hora de “sair do ninho.” Explicou que a transição estava a ser preparada desde o final do ano passado, apesar de parecer repentina e comunicada sem qualquer aviso prévio.

Ainda assim, Fadell permanecerá como conselheiro da Alphabet e do seu CEO, Larry Page. “Isto dar-me-á a oportunidade e flexibilidade para perseguir novas oportunidades de criar e operar uma disrupção noutras indústrias”, escreveu o responsável. “Todos devemos ser disruptores!”, exclamou.

Para o seu lugar entra Marwan Fawaz, elogiado pelo seu “extenso conhecimento de tecnologia e engenharia, experiência com fornecedores de serviços globais e experiência em plataformas da casa conectada.” Fawaz foi diretor técnico da Charter e Adelphia, CEO da Motorola Home (dentro da Motorola Mobility) e estava até há pouco tempo a trabalhar como consultor na Sarepta Advisors. Também tem assento nos conselhos de administração das empresas and CSG International a Synacor, segundo o The Verge.

Fadell pode ter pintado com cores risonhas o estado da companhia que deixa, mas a verdade é que a Nest perdeu o estado de graça depois de ser comprada pela Alphabet, sofrendo uma chuva de críticas com vários incidentes – o mais grave há dois anos, quando mandou recolher o seu detetor de fumo devido a um problema no software. Também tem sido lenta a lançar novos produtos, dizem os críticos, e a aquisição da Dropcam não correu bem – Fadell criticou a qualidade da empresa, comprada por 555 milhões de dólares, enquanto muitos colaboradores criticaram o seu estilo de liderança abrasivo.

Fawaz é assim visto como uma lufada de ar fresco, uma tentativa de inverter as coisas. “Não tenho dúvidas de que a empresa vai continuar a florescer sob a sua liderança, e mal posso esperar para ver as inovações que estão a ser desenvolvidas chegarem ao mercado”, garantiu Fadell.

O que ele fará a seguir não ficou explícito.

Ana Rita Guerra

Jornalista de economia e tecnologia há mais de dez anos, interessa-se pelas ideias disruptivas que estão a mudar a forma como se consome e se trabalha. Vive em Los Angeles e tem um gosto especial por startups, música, papas de aveia e kickboxing.

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