Facebook cria Acelerador de Criatividade para agências

O Acelerador de Criatividade representa o mais recente esforço do Facebook para apoiar o setor empresarial ao criar um programa que permite às agências de publicidade segmentar os seus projetos de acordo não só com características demográficas e culturais como também através da capacidade de banda larga de cada utilizador.

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A medição da eficácia de uma campanha publicitária pode encontrar vários obstáculos, nomeadamente a diferença entre anúncios que são apenas disponibilizados e poderão ou não estar presentes nos murais dos utilizadores, e aqueles que são efetivamente visualizados e que, por isso, deverão influenciar o processo de decisão dos potenciais consumidores. Para resolver essa questão o Facebook já havia apresentado soluções mas, agora, surge o Acelerador de Criatividade, um programa a pensar nas marcas e agências, para facilitar o processo logo na produção.

Para que as campanhas de publicidade não surtam efeito somente  numa plataforma mas sim nos vários dispositivos de que os utilizadores fazem uso diariamente, uma equipa da rede social juntou-se a um grupo de empresas e agências para tentar perceber quais os segmentos de banda larga utilizados em diferentes países e grupos sociais. Deste modo, um utilizador que utilize um tablet de última geração poderá ter acesso a vídeos e suportes que requerem maior desempenho, enquanto utilizadores que tenham acesso a um smartphone com 2G ou 3G beneficiarão mais de campanhas que utilizem imagens estáticas e apostem mais nos conteúdos.

Os estudos estão a ser realizados país a país para que as agências possam construir estratégias cada vez mais direcionadas, individualizadas e personalizadas. O objetivo é compreender o modo de utilização das novas tecnologias, indo para além do dispositivo utilizado ao assimilar quais são as larguras de banda e ligações à internet existentes em cada grupo.

A concretização do projeto a que o Acelerador de Criatividade se propõe deverá resultar na eliminação de custos resultantes de campanhas que nem conseguiam atingir o seu destino por estarem construídas em suportes que os utilizadores não suportam. Apenas a quem pode receber a mensagem, deverá a mesma ser enviada.

Numa publicação, o Facebook explica que se forem apenas criados conteúdos “que pareçam ótimos em iPhones e dispositivos Android de última geração, estão a excluir uma porção enorme de potencial audiência”, por isso, campanhas que forneçam o tipo certo de campanha criativa no tipo certo de dispositivo “serão mais relevantes”.

Para demonstrar a capacidade deste programa, foram elaboradas três campanhas de três marcas internacionais com largo alcance. A Coca-Cola foi uma delas ao aplicar o Acelerador de Criatividade no Quénia através da identificação do público-alvo como sendo os feature phones, ou seja, telemóveis que oferecem apenas as ferramentas mais básicas.

A Durex e a Nestlé Everyday também participaram no projeto, na Indonésia e Índia, respetivamente. As campanhas de ambas resultaram em estratégias segmentadas relativamente ao género dos utilizadores mas também ao tipo de banda larga a que tinham acesso.