Facebook esmaga expectativas com subida de 123% nos lucros

O Facebook reportou resultados bastante acima do esperado pelo mercado, com números estelares em todos os níveis. Os lucros do quarto trimestre dispararam 123%, enquanto as vendas do total do ano subiram 44%.

No quarto trimestre de 2015, o Facebook ultrapassou pela primeira vez os mil milhões de euros num único período de três meses, registando 1,43 mil milhões. Foi quase metade dos lucros do ano inteiro, que atingiram os 3,39 mil milhões de euros. As vendas subiram 52% no trimestre, para 5,37 mil milhões de euros, e 44% no ano fiscal.

O indicador mais notável foi o das receitas de anúncios para dispositivos móveis, que representaram 80% do total no último trimestre, acima dos 69% no mesmo período de 2014. Isto deve-se a vários fatores: o número de utilizadores diários de Facebook no telemóvel cresceu 25% para 934 milhões e o número de anúncios mostrados a esses utilizadores subiu 29%. Também foram mais caros para os anunciantes: o preço médio cresceu 21%.

“2015 foi um ano excelente para o Facebook. A nossa comunidade continuou a crescer e o nosso negócio está a prosperar”, disse o CEO Mark Zuckerberg na apresentação dos resultados.

Importante também é perceber que o número de utilizadores ativos continua a crescer. São agora 1,59 mil milhões por mês, um aumento de 14% face a dezembro do ano anterior, e 1,04 mil milhões por dia, uma subida de 17%. Estes resultados animaram os investidores, que levaram as ações do Facebook a disparar 13% nas trocas fora de horas. Boas notícias tendo em conta que os títulos da rede social têm desvalorizado e fecharam a sessão de quarta-feira a cair perto de 3%.

Também a subir no trimestre estiveram as despesas, já que a rede social continua em forte investimento em várias áreas. Está prestes a lançar os óculos de realidade virtual Oculus Rift e está a investir em inteligência artificial para fornecer mais serviços através da aplicação Messenger (além da iniciativa Free Basics para levar internet aos mercados emergentes).  Ainda assim, a previsão de uma subida de 30% a 40% na despesas operacionais em 2016 é inferior ao que muitos analistas esperavam.