Facebook fecha parceria com 50 empresas de média para cobrir eleições

O Facebook quer dominar o vídeo online no dia em que os norte-americanos irão eleger o seu novo presidente, Hillary Clinton ou Donald Trump. A rede social anunciou parcerias com 50 empresas de média para fornecer cobertura em vídeo a todos seus utilizadores.

De acordo com a empresa, a parceria envolve redes de televisão, jornais e publicações online. A ideia é capitalizar na popularidade do serviço de vídeos ao vivo, Facebook Live, que tem conquistado não só utilizadores individuais como organizações de média, depois de começar com um lançamento limitado, virado para celebridades.

Essa iniciativa acontece num momento crítico para a rede rival Twitter, que tem se esforçado para captar as atenções dos utilizadores em momentos importantes, como grandes embates desportivos. A rede também está a aumentar o seu investimento no vídeo ao vivo – simultaneamente decidindo acabar com o Vine, uma app de vídeos muito curtos que era popular entre os mais jovens.

Cada organização de média incluída nesta parceria com o Facebook irá publicar um vídeo ao vivo de 15 minutos centrado na eleição presidencial em cada um dos 50 estados do país. O conteúdo será então destacado no site “Eleição 2016” do Facebook, com a hashtag #50states.

É importante salientar que o Facebook não irá colocar publicidade nestes streamings ao vivo. Mas o buzz gerado em torno dos vídeos poderá atrair mais utilizadores para a plataforma, tornando a rede mais apetecível para informação sobre as eleições e competindo com a perceção de “tempo real” do Twitter.

Jason White, que gere as parcerias de média do Facebook nos Estados Unidos, disse à Reuters que o Facebook Live é algo que funciona muito bem na plataforma.

“Nós queríamos dar algo aos média, especialmente meios locais, no qual se pudessem agregar no dia de eleições”, disse White, falando do projeto dos 50 estados. No futuro, a rede social talvez coloque anúncios nos intervalos do vídeo ao vivo, mas para já isso não acontecerá.

Na semana passada, o Facebook avisou os investidores de que o seu ritmo de crescimento no próximo trimestre iria abrandar, porque existe um limite para quantos anúncios a rede pode colocar sem chatear os utilizadores.