Google e Microsoft bloqueiam imagens de abusos infantis

A Google e a Microsoft chegaram recentemente a um acordo para bloquear imagens de abusos a menores. Este acordo vai tornar mais difícil o acesso a imagens de pornografia infantil online.

pedofilia na internetAs duas maiores empresas responsáveis por motores de busca na Internet são responsáveis por 95 por cento do tráfego de pesquisa na Internet, pelo que a medida cobrirá a maior parte das imagens ilegais disponíveis.

Mas a medida agora acordada já tinha sido pedida por David Cameron. No entanto, especialistas no assunto dizem que muitos dos conteúdos são escondidos de outras formas e são partilhados sem o recurso a estes servidores.

A Google e a Microsoft conseguiram já identificar cerca de cem mil termos relacionados com este tipo de material através de algoritmos criados. A partir de agora, com este novo acordo, sempre que alguém realizar uma pesquisa por essas palavras não obterá nenhum resultado desejado e receberá um alerta de que a pesquisa de imagens relacionadas com abusos sexuais infantis é ilegal.

“O impacto da medida será ainda maior quando brevemente implementarem a medida em 150 línguas diferentes. Por agora as novas regras só estão a funcionar  em inglês e em apenas 13 mil dos termos identificados é que já aparece o alerta sobre o comportamento ilegal e alguns contactos específicos onde o utilizador pode procurar ajuda sobre a sua conduta”, diz Eric Schmidt, Presidente da Google.

O primeiro-ministro inglês, David Cameron, que já tinha apelado em julho deste ano a medidas urgentes neste sentido, veio já congratular-se com o passo. No entanto, assegurou que a medida ou é mesmo implementada e eficaz ou vai avançar para legislação nesse sentido.

Cameron usou as palavras “depravadas e repugnantes” para descrever os resultados das pesquisas permitidas pelas empresas. Logo nessa altura, a Google garantiu que, sempre que se depara com imagens relacionadas com pedofilia, as remove imediatamente.

A Google avançou no passado mês de junho que um dos motivos para por vezes demorar a remover as imagens que envolvem crianças é a ausência de um sistema unificado que abranja, por exemplo, Yahoo!, Microsoft, Twitter e Facebook. Por isso, a multinacional começou a trabalhar num novo programa que permitirá trocar de informações sobre pedofilia entre sites, governos e organizações não-governamentais.

A empresa decidiu destinar cerca de 3,75 milhões de euros aos grupos National Center for Missing and Exploited Children e Internet Watch Foundation, assim como a outras organizações nos Estados Unidos, no Canadá, na Austrália e na América Latina. Cerca de 1,5 milhões de euros vão para a Child Protection Technology Fund, fundo criado para financiar o desenvolvimento de ferramentas tecnológicas de auxílio ao combate à pornografia infantil.