Guerra virtual entre Rússia e Ucrânia

Apesar do termo “guerra virtual” ainda suscitar várias questões por parte dos especialistas, o facto é que os ataques digitais têm vindo a aumentar a tensão entre a Ucrânia e a Rússia.

cyber-crime-sceneAs invasões digitais têm vindo a criar um ambiente de tensão entre a Rússia e a Ucrânia para além das questões primeiramente intrínsecas. A Computer Emergency Response Team (CERT) alegou à TechWeekEurope que tem vindo a defender-se de ataques conduzidos pela Rússia.

“Resumidamente, somos alvo de ataque e estamos a tentar resolver os incidentes”declarou um membro da CERT. “Eu sei com certeza que as operadoras móveis foram submetidas a DDoSed (atingida por uma negação de distribuição de serviços de ataque). Mas esses ataques foram simplesmente prevenidos por aparelhos de segurança”.

A Rússia investiu bastante na divisão de defesa cibernauta e tem-se tornado suspeita relativamente à negação de serviços de ataque (DoS) à Segurança Nacional e ao concílio de defesa da Ucrânia.

“Houve um ataque massificado de DoS nos canais de comunicação da Segurança Nacional e do Concílio de Defesa da Ucrânia, que aparentemente se destina a impedir a resposta aos desafios que o nosso estado tem enfrentado” salienta o Concelho de Segurança e Defesa.

Na semana passada, o Serviço de Segurança da Ucrânia declarou estar a favor das forças russas instaladas na Crimeia com o objetivo de intersetar comunicações móveis dentro do país, recorrendo a equipamento instalado de forma ilegal no operador Ukrtelecom. Membros da Verkhovna Rada- parlamento ucraniano foram alvos. Sites de ambos os países em questão foram transformados.

Jeffrey Carr, autor da Inside Cyber Warfare e fundador da empresa de segurança Taia Global, alegou que membros do gabinete de Putin autorizaram que “mercenários cibernautas” comprometessem a rede de Wi-Fi e os serviços de telecomunicações na Ucrânia, com o intuito de invadir telemóveis.

Jeffrey Carr explicou também que a possibilidade de se defenderem da mais avançada tecnologia russa era muito remota.

“O governo Russo investiu uma grande quantia em investigação e desenvolvimento de tecnologia de informação de guerra ofensiva e defensiva sob programas classificados e não classificados, em pelo menos uma dezena de instituições e universidades”.