Categories: Segurança

Inteligência Artificial é a nova estrela da dark web

O serviço Digital Footprint Intelligence da Kaspersky encontrou cerca de 3000 publicações na dark web sobre a utilização do ChbatGPT e de outros modelos de inteligência artificial para atividades ilegais.

Os atacantes estão a explorar esquemas que vão desde a criação de alternativas nefastas ao chatbot até ao jailbreak da versão original do ChatGPT, e muito mais.

As contas ChatGPT roubadas e os serviços que oferecem a sua criação automatizada em massa também estão a inundar os canais da dark web, atingindo mais de 3000 mensagens, diz a Kaspersky.

“Os cibercriminosos estão a explorar ativamente vários esquemas para implementar o ChatGPT e a IA nas suas atividades maliciosas. Os tópicos incluem frequentemente o desenvolvimento de malware e outros tipos de utilização ilícita de modelos de linguagem, como o processamento de dados roubados, a análise de ficheiros de dispositivos infetados, entre outros”, explica Alisa Kulishenko, especialista em pegada digital da Kaspersky.

Além disso, segundo a mesma especialista, “os cibercriminosos tendem a partilhar jailbreaks (violações) através de vários canais da dark web e a conceber formas de explorar ferramentas legítimas, com base em modelos, para fins maliciosos”.

Para além do chatbot e da inteligência artificial mencionados, está a ser dada uma atenção considerável a projetos como o XXXGPT, o FraudGPT, entre outros.

Estes modelos de linguagem são comercializados na dark web como alternativas ao ChatGPT, ostentando funcionalidades adicionais e a ausência de limitações originais.

Uma outra ameaça para os utilizadores e as empresas, diz ainda a Kaspersky é o mercado de contas para a versão paga do ChatGPT. Em 2023, foram identificadas mais 3000 mensagens (para além das anteriormente mencionadas) que anunciavam a venda de contas ChatGPT na dark web e nos canais sombra do Telegram.

Estas mensagens distribuem contas roubadas e promovem serviços de registo automático que criam contas em massa a pedido. Nomeadamente, alguns posts foram publicados repetidamente em vários canais da dark web.

Embora as ferramentas de IA em si não sejam inerentemente perigosas, os cibercriminosos estão a tentar encontrar formas eficientes de utilizar modelos de linguagem, “alimentando assim uma tendência para reduzir a barreira de entrada no cibercrime e, em alguns casos, aumentar potencialmente o número de ciberataques”.

No entanto, na opinião de Alisa Kulishenko, “é pouco provável que a IA generativa e os chatbots revolucionem o panorama dos ataques – pelo menos em 2024”.

Na opinião da mesma especialista, “a natureza automatizada dos ciberataques significa frequentemente defesas automatizadas. No entanto, manter-se informado sobre as atividades dos atacantes é crucial para estar à frente dos adversários em termos de cibersegurança empresarial”.

Bit Magazine

Recent Posts

Grupo Seresco fatura 3.5 milhões de euros em Portugal

A empresa registou um incremento de 52% das suas receitas em 2023, totalizando uma faturação…

23 horas ago

Kaspersky formou agentes da INTERPOL

Foi garantida formação aos agentes da INTERPOL, através do Kaspersky Expert Training, revelando novas estratégias…

2 dias ago

IA é rampa de lançamento para novo emprego

O objetivo é garantir o fornecimento de uma visão mais abrangente de como a Inteligência…

3 dias ago

Pagamentos de ransomware aumentaram 500% no último ano

A taxa de ataques de ransomware diminuiu ligeiramente, mas os custos de recuperação atingiram os…

4 dias ago

Alexandre Tesoni é o novo Chief Broking Officer da Aon Portugal

O profissional iniciou a sua carreira em 1998, em São Paulo, no Brasil, em grandes…

5 dias ago

E-Taco Lite pode suportar adeus definitivo ao Livrete Individual de Controlo

A solução permite o registo remoto da atividade dos trabalhadores móveis e acompanha os registos…

1 semana ago